sábado, 31 de maio de 2014

Trajetória

Fazendo valer
cada sonho, medo, pesadelo,
dor e prazer.

Fazendo importante
a jornada, a chegada
e o suspiro delirante.

Fazendo relembrar
o motivo, o impulso
que se tem por amar.

O castigo não é maior que o tentar, 
O dissabor não pesa mais que a vontade.
Correr contra o tempo nem sempre cansa.
Andar devagar sem pensar em parar.

Por: Miriã Pinheiro

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Sobre o Blog: Diário de uma professora eventual

Como sou irremediavelmente apaixonada por blogs, as vezes dedico um bom tempo a ler blogs de todos os tipos na internet. E realmente, há blogs de todos os tipos. Há alguns meses encontrei, o que na minha singela opinião seria uma preciosidade, o blog ''Diário de uma professora eventual'', escrito pela minha desconhecida colega Mariana Gabriela Fonseca, de Rio Claro. Aparentemente, Mariana tem postado com pouca frequência, pois sua última postagem já é um pouco antiga, mas temos que compreender, pois vida de ''professora prostituta não é nada fácil''! Sim, troquei ''substituta'' por ''prostituta'', pois ouvi isso uma vez de uma professora da faculdade. Algum tempo depois analisei bem a frase e cheguei a conclusão de que ela é verídica, afinal, a prostituta ''dá qualquer coisa a qualquer um'' e é isso o que nós, substitutos e substitutas, fazemos em sala de aula.
Bom, piadinhas a parte e voltando ao blog da Mariana, tenho que confessar que cada letrinha escrita possui total semelhança com a realidade sem ser mera coincidência. O blog todo é muito bem escrito e as postagens retratam da maneira mais direta e detalhada como é a vida do professor eventual. Identifico-me com cada linha daquele blog! Em apenas alguns meses de professora, já passei por T-O-D-A-S as situações ali descritas.
Assim como Mariana, eu sou apaixonada pela arte de lecionar. Sinto as maiores das emoções quando entro em uma sala de aula e vejo aqueles quarenta e cinco ou mais pares de olhinhos acesos e observadores, fixados (ou não) em mim e no meu trabalho. Por mais que eu já tenha colocado setecentas vezes o mesmo ser para fora da sala, já tenha lhe dado quinhentas advertências escritas ou faladas, quando ouço ele dizendo: ''Ô dona, vem cá um pouco'', meu coração juvenil logo se amolece e me sinto a pessoa mais feliz do mundo quando o ajudo a encontrar um verbo dentro de um pequeno texto. Ser professor é uma profissão maravilhosa, mas as decepções são constantes. Uma frase no blog me chamou a atenção: ''Cada dia mais me torno aquela professora chata, insuportável, que só grita e dá ordens. Culpa deles, não minha. Porque quanto mais eu tento ser legal e diferente, menos consigo controlar a sala.'' Infelizmente, estou passando pela mesma situação. Quanto mais legal você é, mas eles ''montam pensando que somos seus cavalinhos''. Mas, como bons brasileiros que somos, não podemos desistir.
Então, para finalizar, deixarei o link do blog da Mariana, que assim como outros blogs que encontro por aí, o dela também é muito interessante, verídico e bem escrito. Tenho que dizer que há ''blogueiros'' que escrevem infinitamente melhor do que autores famosos, ganhadores de prêmios, mas isso é muito bom para nós. Que continuemos assim!
Por: Miriã Pinheiro


Diário de uma professora eventual: http://eventualmentesempre.blogspot.com.br/

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Professor eventual

 Eventual: acontecimento ou ''evento'' que ocorre de repente e com pouca frequência, ou seja, o professor eventual é um professor que algumas vezes dá as caras na sua sala de aula, geralmente quando um professor fixo falta. Supostamente cheios de conhecimentos, assim como todos os outros professores, o professor eventual possui um diploma, total domínio da matéria que é licenciado e sim, na maioria das vezes, ele é um excelente profissional, só que por não ser o professor efetivo de uma(s) determinada(s) sala, acaba fazendo um trabalho''menos focado''. Isso não acontece por falta de vontade do docente, mas sim porque isso é tudo o que ele é capaz de fazer perante alunos desinteressados e desrespeitosos (alguns). 
Eu não diria todos, mas a maioria dos alunos não respeitam o professor eventual por acreditarem que o mesmo é ''burro'', não sabe a matéria (e dependendo de qual for ele não sabe mesmo) e não possui a mesma autoridade do professor efetivo. Esse julgamento acontece, muitas vezes, até por falta de conhecimento do educando diante da profissão ''professor'', no entanto, é algo extremamente deprimente e desagradável para o substituto.
O professor eventual está nesta carreira porque não conseguiu ser aprovado no concurso ou está aguardando a chamada deste, ainda está concluindo seu curso superior e esta é uma forma de inserir-se no ramo docente ou simplesmente ele escolheu essa maneira de trabalho ''porque quis'' e gosta de estar a cada dia em uma sala diferente, além de estar ciente de que o eventual possui um pouquinho menos de responsabilidade do que o efetivo, que possui ''papeladas'' para fazer durante todo o ano letivo.
O problema da desvalorização, no entanto, abrange todo e qualquer tipo de professor, não importando nenhum pouco a sua ''categoria'', aliás, dividir professor por ''categoria'' já causa uma má impressão, mas não que eu tenha em mente uma solução para este suspeito ''nomear''. A questão é que por algum motivo, a função de professor foi se perdendo no tempo, chegando até os dias de hoje como uma espécie de ''babá''. Quando que o mundo vai entender que as crianças precisam vir educadas de suas casas? Educar o filho dos outros está suprimindo nossa verdadeira obrigação, que é a de ''construir conhecimentos''. Por isso nos deparamos muito com professores cansados, reclamadores e chatos, eles sabem, no fundo de suas almas, que não estudou exatamente para isso que está tendo de lidar.
A única conclusão que consigo expressar diante de tudo isso é que ''professor é professor'', não importando sua categoria ou se é eventual ou efetivo, afinal, o respeito é algo que damos a todos sem olhar a quem. Porém, temos a prova de que é impossível se dar uma coisa que não se possui. Há casos em que a falta de respeito existe devido a grande sucessão de erros  que ocorrem dentro de casa, na escola e na sociedade em geral. Talvez seria ligeiramente injusto culpar um grupo e defender outro, sendo que deveríamos trabalhar em conjunto e ter um só objetivo em prol da nação: a educação de qualidade. Mas isso nunca existirá se cada um não for capaz de cumprir com sua parte ao invés de descarregá-la nas costas de outrem que mal dá conta de si próprio.
Tenho mantido cravado em minha mente que de nada adiantaria termos escolas maravilhosas espalhadas por todo o Brasil, com confortáveis poltronas, tablets, lousas digital, ar condicionado, apostilas incríveis e um salário gratificante para todos os profissionais da educação, enquanto as pessoas saírem mal ou ''nada educadas'' de seus lares, a educação continuará a ser falida.
Por: Miriã Pinheiro

terça-feira, 6 de maio de 2014

Releitura do poema ''Instantes'' de Nadine Stair

Momentos
Se eu pudesse viver novamente os meus dias já passados, trataria de acordar mais cedo.
Não exigiria que tudo fosse do meu jeito, relevaria mais.
Daria mais risada do que já tenho dado ultimamente, levaria menos a sério as ofensas.
Seria menos realista.
Sentiria menos medo, aprenderia a nadar, contemplaria mais as luas cheias, subiria morros e desceria barrancos.
Iria a todos os lugares que quero ir, tomaria sorvete no inverno e consideraria todos os problemas como sendo apenas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu ansiosa e preocupada cada minuto da sua vida.
Claro que tive momentos somente de paz.
Mas, se pudesse voltar a viver trataria de ter só bons momentos.
Porque é disso que a vida é feita: de momentos que marcam um século.
Eu era um desses que sempre tive vergonha de dançar, de ir sozinha aos lugares e falar com as estrelas.
Se voltasse a viver, viveria mais calmamente.
Se eu pudesse voltar a viver, aproveitaria os dias ao invés de torcer para passarem cada vez mais rápido.
Sentaria mais no chão com as crianças sem medo de sujar a roupa.
Brincaria mais com o cachorro e ficaria menos na internet.
Mas, já viram, sou um ser capitalista e estou preocupada demais em continuar ganhando dinheiro.
Por: Miriã Pinheiro

quinta-feira, 1 de maio de 2014

5 maneiras muito erradas de se escrever ''com certeza''

Atualmente, com o grande avanço tecnológico e o crescente número de redes sociais que surgem a cada dia no mundo, as pessoas passaram a escrever cada vez mais de forma errada. Não estou me referindo as abreviações, que possuem a função de facilitar a comunicação na internet, mas sim das palavras que são escritas totalmente erradas, geralmente por falta de conhecimento ou até mesmo pela questão da fonética, já que somos induzidos a escrever da maneira que nos expressamos oralmente.
Dentre as palavras que mais são escritas de maneira errada na internet, a expressão ''com certeza'', deveria ocupar o primeiro lugar no ranking. 
''Com certeza'', por mais que falemos rápida e unificadamente, as duas palavras (sim, são duas palavras!) devem ser escritas separadamente. Até porque ambas terminam com consoante e seria impossível unificá-las. Por isso, selecionei as cinco maneiras erradas de escrever ''com certeza'', e não tenho dúvida de que todos já se depararam alguma vez com essas visões.
1- comcerteza
Acontece quando a pessoa simplesmente une as duas palavras. Estaria certo se estivessem separadas uma da outra. Mas infelizmente, muita gente escreve assim.  
2- conserteza
 Essa forma é a mais usada e a mais vista na internet. Muitas pessoas, até mesmo estudadas, escrevem-na de maneira tão natural como se fosse tomar água.
3- concerteza
É quase igual a maneira anterior, mas ao invés daquele ''s'' absurdo, coloca-se o ''c'' da própria palavra certa. Se trata também de uma maneira muito usada. Infelizmente.
4- concertesa
 É também uma maneira não menos horrorosa que as demais. A única diferença da anterior é o uso do ''s'' no lugar do ''z'' na última sílaba.
5- consertesa
Finalmente, a última e pior maneira, que por incrível que pareça também é usada e abusada por aí. E o mais horrível, é saber que essas formas de escrita já saíram da internet e já se acomodaram nos cadernos e redações de estudantes, vestibulandos etc.
Bom, esses exemplos devem ser entendidos como dicas para uma escrita correta, sem os vícios errôneos e as junções de palavras comuns na internet. Lembrando, que usar abreviações na vida virtual é algo comum, facilitador e direto, no entanto, erros gritantes já são outros quinhentos.
Por: Miriã Pinheiro