essa ânsia indefinida de querer saber o futuro,
entender o passado e atravessar o presente,
tendo na mente o pensamento de um maduro.
Em minha alma escorrem relógios
de horas confusas, indefinidas e remotas.
Pousam moscas em minhas certezas
e minhas belezas, são músicas sem notas.
Presa em um enorme labirinto surrealista,
vejo cores fortes e marcantes,
como se um dia eu já houvesse sonhado
ou talvez pensado nisso antes.
O quadro apresentado acima é uma obra de Salvador Dali e é denominado de ''A persistência da memória''. Salvador Dali é considerado a maior influência do Surrealismo nas artes. O Surrealismo é uma das vanguardas europeias e suas obras possuem traços e aspectos oníricos, isto é, relacionados aos sonhos. Na maioria das vezes, quando sonhamos, não nos lembramos exatamente dos elementos, objetos e pessoas e por isso fazemos uma confusão em nossa mente. No geral, os sonhos são compostos por elementos confusos e de diversas naturezas, das quais nem sempre temos conhecimento. E é exatamente isso que o Surrealismo visa retratar em suas obras: aspectos surreais com fundo onírico.
Alguns estudos relatam que a obra ''A persistência da memória'' tem o poder de ficar gravada em nossa memória. Segundo o próprio pintor, Salvador Dali, as cores e formas do quadro foram usadas com o intuito de ficarem registradas na memória logo na primeira observação.
Há diversas interpretações para o quadro citado e uma delas é sobre a relatividade do tempo e sua forma maleável de existir. Ao observarmos os detalhes, como a mosca que está pousada no primeiro relógio situado à esquerda, poderemos chegar a inúmeras interpretações e uma delas é sobre a passagem rápida do tempo (ele voa).
Segundo o pintor, a inspiração para essa obra veio enquanto saboreava e observava um queijo.
Ahhh sonhos! Sonho tanto, dormindo ou não...bela pintura! ;)
ResponderExcluirBeijos,
Júlia Flores
http://daydreamingoficial.blogspot.com
Sonhar sempre é bom, Júlia! Obrigada pelo comentário.
ResponderExcluirBeijos.
Gosto de Dali, e esse quadro é especialmente conhecido e amplamente analisado, mesmo. Mas ele dá tanta margem a interpretação que se torna muito pessoal: O tempo derrete, escapa entre as mãos, mas a memória insiste em deixar os rastros do que passou registrados, derretidos, dentro de nós. Sou fã mesmo e gostei da delicadeza do poema e do primor do post! Abraços!
ResponderExcluirhttp://www.annarios.com.br
Verdade, Anna. Concordo plenamente. Esse quadro é muito interessante e abre espaço para diversas interpretações, além de provocar sensações diferentes em quem o observa. Adorei seu comentário e muito obrigada pelas palavras! Abraços!
ResponderExcluirIsso é roberto Caeiro???
ResponderExcluir:(
Esse poema é de minha autoria.
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