Há alguns dias, eu publiquei uma postagem divulgando a resenha que eu havia feito para o site editoras.com sobre o livro ''A cidade do sol''. Pois bem, quando fiz essa resenha, eu ainda não havia terminado de ler o livro, por estar vivendo uma tremenda correria e ter coisas do serviço e da faculdade pendentes. Portanto, a resenha que eu havia feito foi bem imparcial, já que eu não havia terminado de ler o livro inteiro para poder ir mais fundo. Agora, terminei a leitura do livro e como uma boa leitora satisfeita, sinto-me no dever de resenhar novamente esse livro, só que dessa vez, poderei ser mais parcial. Aliás, a partir de hoje, todos os livros que eu ler ou tiver lido recentemente, dar-me-ei o trabalho de resenhar no blog. Farei isso, porque acredito que um blog possui grande influência sobre os leitores e muita gente só lê algum livro depois de ter lido várias resenhas sobre o mesmo em diversos lugares. Eu mesma, sempre que vou ler algo, procuro antes ler uma resenha. E adivinha em qual lugar eu procuro? Sim, nos blogs literários!
Porém, gosto de ressaltar que não tenho o costume de ler os lançamentos do momento. Gosto de ler o que me desperta interesse e não precisa ser ''o que está na moda''.
Titulo: A Cidade do Sol
Autor: Khaled Hosseine
Editora: Nova Fronteira
Sinopse: Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela história, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a história continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.
Bom, assim que concluí a leitura desse livro, logo me imaginei pegando um táxi e saindo a procura de Khaled Hosseine, para dar-lhe um abraço e dizer o quanto essa leitura me fez bem, acrescentou-me e emocionou-me. Além disso, também gostaria de intimidá-lo para que lance outro livro como esse, pois algo desse patamar, merece ser espalhado mais vezes pelo mundo.
Não gosto de entrar em detalhes quanto ao enredo do livro, porque acho que uma leitura feita com surpresa é bem mais emocionante. Eu, quando iniciei a leitura, não esperava por tantas surpresas e não conseguia imaginar um meio das duas personagens principais terem seus destinos cruzados. Sim, elas moravam na mesma rua. Mas havia uma grande diferença de idade entre as duas e pareciam ser totalmente opostas. Mas algo surpreendente aconteceu!
Imagino que livros como esses servem para nos fazer refletir como seres humanos e valorizar ainda mais as conquistas femininas e principalmente a mordomia feminina que existe no Brasil. Em países como o Afeganistão, onde se passa a história, a mulher é tratada como um lixo humano. Sua única função na Terra é cuidar do marido e dos filhos e submeter-se a eles até o fim de seus dias. Porém, o livro conta muita coisa sobre a guerra que aconteceu no país, e as coisas não estavam nada bem para ambos os sexos.
As duas personagens principais são Mariam e Laila. São mulheres fortes, lutadoras, corajosas, esperançosas e valentes. Mostram na garra o que é ser mulher no Afeganistão. Além do mais, as personalidades das duas são extremamente envolventes e emocionantes. Rashid, que ao meu ponto de vista é o grande antagonista da história, é literalmente cruel e até imprevisível. Tariq, um dos personagens, também é digno de muita atenção.
A história é mais ou menos dividida em 3 partes: a primeira é a que conta a história de Mariam, uma filha bastarda, humilde e reclusa. A segunda é que nos leva até Laila e a terceira é quando o destino das duas se cruzam.
O autor, em cada momento, faz-nos sentir na pele todas as situações vividas pelas mulheres, provocando nossa emoção, revolta e participação na história. Eu me envolvi tanto com o enredo, que não gostaria de ter terminado a leitura. Aos meus olhos, sentia-me vivendo junto com as duas mulheres, sentindo suas dores e as vezes, suas raras alegrias.
Ao falar desse livro, tenho a sensação de que não consigo descrever o impacto que ele me causou e todas as emoções proporcionadas. Portanto, deixo apenas minha dica: leiam!
Por: Miriã Pinheiro
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