quarta-feira, 13 de junho de 2012

Momento nostalgico

Raramente vejo você por aí, talvez até por evitar que isso aconteça, mas as vezes acontece de nos toparmos em alguma esquina dessa pequena cidade! Não penso mais em você, pelo menos não mais como antes, só as vezes que me surgem umas nostalgias, mas graças a Deus são bem passageiras. Tento esconder de mim mesma, mas, na minha opinião, você ainda é um dos homens mais lindos que eu já vi na minha vida, sou sincera quanto a isso. Você é sempre lindo, é perfeito, embora seu caráter não coincida com sua beleza. Ou sei lá, talvez até coincida, essa vida não passa mesmo de um mal entendido, afinal, quem sou eu para falar que você também não é bonito por dentro? Eu confesso que nem era de minha vontade perder tempo escrevendo isso sobre você, mas quando você insiste em ficar na minha mente, eu tenho que dar um jeito de te tirar, e talvez eu consiga isso escrevendo.
Talvez eu até goste de você ainda, acho que eu apenas aceitei que não daria certo, mas no fundo, eu queria muito que tivesse dado. Eu sei que você pensa em mim de vez em quando, eu percebo isso por aí, mas também nem me importa mais, não vem ao caso, já passou, foi-se, esvaiu-se. Ninguém mandou ter esses olhos pequenos, essa cara de macho, esse jeito cínico, rapaz! Para com isso, ninguém mandou! Eu não sinto mais nada, nada mesmo, tenho certeza sobre isso, pois agora você é indiferente para mim, não é mais nada de especial, nada mesmo. Nadica de nada!
Pelo menos eu aprendi algo com você: a nunca me importar. Me sinto até ridícula em escrever isso, mas esse não é um texto sobre sentimentos, por que eles não existem mais, mas sim um texto de expressão, eu diria até de ''compartilhamento'', para que dessa forma, escrevendo, você não ouse mais passar pela minha cabeça!
Por: Miriã Pinheiro

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Mais nada

Era o homem mais lindo que eu já pude ver em toda a minha vida, parecia um príncipe, mas nunca se comportou como um! Falo no passado, pois nada mais adianta, ele já morreu! Não digo que morreu fisicamente, mas eu o matei de dentro de mim, mas de vez em quando lhe dou uma breve respiração e ele volta a assoprar nos meus ouvidos, não como antes, mas bem vagamente.
Olho uma foto e me desmancho em lágrimas, nem sei porque elas escorrem, sendo que eu fui capaz de me convencer de que ele já morreu! Mas elas insistem em rolarem... As vezes durmo e sonho com ele, e posso dizer que é um dos poucos sonhos que mexem no fundo da minha alma, balançando-a lentamente, como uma roda gigante enguiçada. Eu não sinto mais nada, mas mesmo assim, choro! Me passam na mente, como um filme, aqueles olhares que nunca ninguém me olhou, aquele jeito de mexer os lábios, os cabelos tão pretos, ele parecia escorrer mel por todo o corpo...
Eu não me conformo, nunca entenderei o que pensava! Vejo a foto da outra, a garota com quem ele diz estar, e realmente, por alguns minutos, eu desejei muito estar no lugar dela, embora ela fosse tão diferente de mim. Mas logo, me lembro da sua morte, sua trágica morte, que foi tão aos poucos, tão dolorosa, árdua, mas talvez ele nem a tenha sentido como eu senti.
Eu realmente digo para mim mesma que não sinto mais nada, só essa dor, esse buraco, esse medo, essa cicatriz, esse vazio, essa escuridão que me cega e me deixa incrédula e enrijecida. Eu prometi que nunca mais falaria seu nome, e estou sendo fiel, até meu subconsciente está me obedecendo, talvez por medo de ver coisas mortas renascendo... Eu repito, trepito, não sinto mais nada!
Por: Miriã Pinheiro