terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Feliz você novo!

Para mim, ano novo não é vida nova!
Vida nova é atitude nova,
sonho novo, 
vontade nova
e tudo isso não tem nada a ver com o ano.

Você escolhe seu ano novo...
e ninguém discordará se você disser
que o seu é em 30 de agosto.
O ano é só um ano,
mas você é bem mais do que pensa!

Fogos de artifício não são batimentos cardíacos,
gente rindo ou falando alto
nem sempre é sinônimo de amizade.

O branco é só mais uma cor,
mas você é muito mais do que isso...
O que você é de verdade,
depois que os fogos se calam
é o que determina seu caminho.

E que seu caminho tenha flores:
violetas, azuis ou sem cor.
Que o ano não seja assim tão novo,
mas que você seja novo...
E que você brilhe!
E que o ano novo comemore
o renascimento daquele que hoje é um ser humano diferente.

Por: Miriã Pinheiro




terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Desato o laço do teu amor

Por que me encurralas-te
nos labirintos de teus lábios finos
que derramam mel sobre minha vida?

Por que escolhestes a mim
para enlaçar nestes teus braços
saciadores de desejos?

Pra quê essa beleza cigana?
Tira-me de perto de ti,
não posso mais absorver 
seu cheiro de madeira,
seu olhar de farol,
seu beijo sem maneira.

Não quero mais teu abraço,
nem o som da sua voz amada.
Não quero o nó do laço
do amor que me amarraste aos teus pés...

Oh! Não quero palavras, nem beijos,
nem olhares comoventes,
nem a brancura dos teus dentes.
Larga-me e deixa-me tentar desprender
desse teu amor de eterno querer.

Por: Miriã Pinheiro




Resenha: Noite na taverna e Macário

Informações técnicas:


Título: Noite na taverna e Macário
Autor: Álvares de Azevedo
Editora: Martin Claret
Páginas: 146



Acabo de terminar mais um livro: Noite na taverna e Macário.O livro é bem curtinho e dois dias foram o suficiente para terminar a leitura. Álvares de Azevedo é um dos meus escritores favoritos, mas para entender um pouco sobre suas obras, são necessárias algumas informações sobre sua vida e principalmente do movimento literário a que ele pertence: Romantismo. 

O Romantismo é um movimento literário, que assim como todos os outros, surgiu primeiro na Europa e chegou no Brasil no ano de 1836 com a obra ''Suspiros poéticos e saudades'' do escritor Gonçalves Magalhães. Esse movimento durou por volta de 45 anos e foi divido em 3 gerações: 
1ª Geração Nacionalista/Indianista
2ª Geração Ultrarromantica/mal-do-século ou byroniana
3ª Geração Engajada ou Condoreira.

Álvares de Azevedo está situado na segunda geração e foi o principal escritor deste período. Ele faleceu muito cedo, com apenas 20 anos de idade, devido uma queda de cavalo que causou complicações em sua saúde. O falecimento deste escritor se deu no ano de 1852 e todas as suas obras, cartas, discursos, poesias, teatro, só foram publicadas após a sua morte. Toda a sua obra foi escrita em apenas 4 anos. 
A segunda geração romântica era composta por escritores que tentavam reproduzir a conduta do poeta europeu Lord Byron aqui no Brasil, ou seja, alguns dos objetivos eram retratar a morte, levar uma vida boêmia e falecer precocemente. Em outra oportunidade, escreverei sobre Lord Byron, sua vida também foi muito interessante e foi um grande escritor romântico e é por causa dele que essa segunda geração leva o nome de mal-do-século (por causa desses escritores que queriam imitar a conduta do poeta europeu) ou byronismo (o nome é derivado do sobrenome do poeta em questão: Byron). Esta época era repleta de trevas, a morte era vista como uma musa desejada, havia muito amor não correspondido, mulheres ao mesmo tempo inalcançáveis e fáceis, brigas, excesso de bebida alcoólica, incesto (relação sexual entre familiares), satanismo e até necrofilia.  
A obra principal de Álvares de Azevedo é chamada de Lira dos vinte anos e se trata de uma obra poética, mas a que vamos falar hoje é escrita em prosa.
Ler essa obra me fez muito bem e tive ainda mais certeza do talento que possuía Álvares de Azevedo. A obra é muito bem escrita e elaborada e apesar da linguagem da época, é facilmente compreensível, acredito que seja por causa das emoções. O livro é tão bem narrado e organizado que as palavras parecem serem sempre as melhores combinações. O livro é repleto de epígrafes (coisa que eu adoro) e é bem típico de Álvares citar muitos nomes de autores, pintores, filósofos que foram intelectuais daquela época ou de outras mais antigas. Algumas frases contidas na obra me causaram grande impacto. A obra toda é escrita por sentimentos vivos, embora assombrosos, mas que não deixam de ser ligeiramente interessantes. 
Noite na taverna é a história de alguns amigos bêbados, que resolvem contar ''histórias'' assombrosas de suas vidas, que ninguém sabe dizer ao certo se estas são mesmo realidade ou mera ficção. As histórias são narradas em formas de contos curtos que levam o nome de quem vai narrá-las. O meu conto preferido foi o de Gennaro! Não há como resumi-los pelo fato de serem curtos, mas é uma obra que realmente vale a pena ser lida. 
E por último, mas não menos importante, o conto Macário conta a história de um jovem estudante que conhece pessoalmente o Diabo e mantém um diálogo com ele. O estilo é idêntico ao da obra anterior e é tão fácil de ler quanto. A obra lançada pela editora Martin Claret é excelente e possui uma clara explicação para todos os nomes citados que não são assim tão conhecidos para algumas pessoas e no final possui algumas perguntas de vestibular sobre as obras apresentadas.


Epígrafe página 25:
''But why should I for others groon
When none will sigh from me?''

(Childe Harold,I)

Tradução:

Mas por que eu deveria suspirar por outros
Quando ninguém suspira por mim?

Por: Miriã Pinheiro

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Resenha: A menina que roubava livros

Informações técnicas

Título: A menina que roubava livros
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Páginas: 382

Resumo do livro

Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em 'A menina que roubava livros'. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, 'O manual do coveiro'. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal.


Foi com muito prazer que terminei hoje de ler ''A menina que roubava livros''. Esse livro é encantador e repleto de personagens envolventes, que nos conquistam do começo ao fim da história. Liesel Meminger é uma garota extraordinária, inundada por uma inocência infantil e tomada por um afeto que só as crianças são capazes de sentir. Adotada por Rosa (a mulher em formato de armário) e Hans (o homem dos olhos de prata, acordeonista, apaixonado por cigarros e pintor), Liesel passou a viver em Molching e é ali que a história se passa. O que é mais interessante é a narradora. A história é toda narrada pela própria morte, mostrando seu ponto de vista sobre os seres humanos e retratando a maneira como se sente em relação a eles e como é a sua ''forma de trabalho''. 
A leitura é um pouquinho longa, não é um livro que dá para ler em pouquíssimo tempo, mas devo dizer que a história é muito bem escrita e de fácil compreensão, o que torna a leitura ainda mais prazerosa. Algumas palavras alemãs, são sempre explicadas no decorrer do livro e sempre há pequenas frases que são usadas para explicar algo que foi dito, esclarecer alguma afirmação ou descrever uma personagem ou alguma situação de uma maneira menos descomplicada. Cada página é um prazer. Acredito que esse seja um livro que possa ser lido por qualquer pessoa, de qualquer faixa etária, pois a linguagem é acessível e o tema é interessante em todas as ocasiões, por possuir enorme importância histórica. 
É um livro que muitas pessoas já leram, mas eu acredito que o li no momento certo! O autor, realmente soube como escrevê-lo e elaborou perfeitamente suas personagens e a escolha da narradora, com certeza, foi algo inovador.
Recomendo, a leitura dessa crítica literária antes ou durante a leitura do livro, pois está muito bem escrita: http://www.overtice.com.br/critica-literaria-a-menina-que-roubava-livros-markus-zusak/

''Está aí uma coisa que nunca saberei nem compreenderei - do que os humanos são capazes.''

(A menina que roubava livros)
Por: Miriã Pinheiro
 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Poetinha do amor

Apaixonei-me por Vinicius quando ainda era criança e lia alguns de seus poemas no livro didático da escola. A paixão por Vinicius veio sem avisar: invadiu o meu peito e tomou conta dos meus sentimentos. Na verdade, lembro-me exatamente do dia em que o conheci. Era começo de fevereiro, o céu estava nublado e havia chovido muito pela manhã, o tempo daquele mês ainda trazia consigo um restinho da chuvarada do mês anterior. Era o típico dia que me atrai: clima europeu, ar limpo de chuva enchendo meus pulmões ainda meio infantis, o livro didático nas mãos e a Rosa de  Hiroxima passou pela primeira vez diante dos meus olhos. Pela idade, não entendia muito bem essa história de Hiroxima, mas uma coisa eu sempre soube: poema nem sempre se entende, poema se sente. E eu senti em minhas mãos de dedos brancos e compridos a rosa de Hiroxima, vi com meus próprios olhos as crianças mudas telepáticas e o amor por Vinicius explodiu em meu peito como uma bomba de guerra. Durante minha adolescência e até os dias de hoje, quando penso em Vinicius, já logo penso na delícia do Soneto de fidelidade e saboreio cada palavra e absorvo o mel e o cheiro de flores raras que exalam delas e torço para que esse prazer que só Vinicius proporciona não seja imortal, posto que é chama/ Mas que seja infinito enquanto dure... e eu quero que dure para sempre, assim como Vinicius deveria ter durado para sempre! O amor aumentou e se instalou bravamente em meu ser quando conheci o Soneto de contrição e eu nunca consegui entender como poderia existir ou ter existido pessoas tão leves a ponto de conseguirem tocar nossa alma; nossa sensível, carente e incomparável alma e foi dessa maneira que eu cresci e sonhei em um dia poder tocar almas, assim como Vinicius tocou e toca a minha cada vez que o leio. Inundada em palavras doces, sempre adequadas, acabo querendo ser a garota de Ipanema e fazer da minha vida a aquarela feita por Vinicius e Toquinho. Amo infinitos poetas, mas um poetinha conseguiu tocar minha alma com seus sonetos de sensibilidade e seus versos sublimes desde a infância e eu nunca esquecerei do amor que ele me fez sentir. Ler Vinicius é amar!  

Por: Miriã Pinheiro


Soneto de Contrição

Eu te amo, Maria, eu te amo tanto
Que o meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma teu encanto.

Como a criança que vagueia o canto
Ante o mistério da amplidão suspensa
Meu coração é um vago de acalanto
Berçando versos de saudade imensa.

Não é maior o coração que a alma
Nem melhor a presença que a saudade
Só te amar é divino, e sentir calma…

E é uma calma tão feita de humildade
Que tão mais te soubesse pertencida
Menos seria eterno em tua vida.

(Vinicius de Moraes)


Os 10 melhores poemas de Vinicius de Moraes

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Sem significado

Há na minha mente um dicionário sem significados.
Há uma escuridão de taverna dentro do meu peito.
Não sei se cresci ou sou criança,
mas sei que posso escolher quantos anos quero ter.

Por entre medos e alegrias
sigo como uma borboleta
que voa só pelo prazer de voar
sem almejar felicidades ou pesares.
Só voar já basta!
Só sentir já basta!

Não quero explicar minha vida,
traduzir minha alma,
nem buscar significado
para o dicionário incompleto da minha mente.

Seguir em frente é suficiente.
Bater as asas e não olhar para trás
faz mais o meu tipo do que tentar entender.
Voo como uma criança que brinca,
vivo como um pássaro que canta.
Existo como uma pena a flutuar na imensidão.

Por: Miriã Pinheiro

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Meu inocente coração



Naqueles dias em que a vida me dá um choque da realidade triste e lamentável da existência que temos como seres humanos, acabo sempre numa reflexão sobre a preciosidade da fase da infância. Começo imediatamente a sentir falta da época em que eu achava que a morte não existia na vida real, apenas em filmes, novelas e nos livros de romance que eu sempre gostei de ler. Frequentemente me lembro da reação que eu tinha quando escutava as notícias ruins do telejornal. Achava que tudo aquilo só existia em cidades grandes e que aqui no interior tudo seria sempre mil maravilhas e todos viveriam felizes e livres de perigo eternamente. Recordo-me do quanto gostava de fantasiar como seria minha adolescência e vida adulta. Eu imaginaria que cresceria e me transformaria em uma mulher linda, loira, independente, magra e feliz assim como a Barbie. Eu poderia jurar que um dia encontraria um príncipe encantado loiro de olhos azuis, rico, compreensivo e que me amaria eternamente. E eu teria dois filhos: um menino e uma menina, muito lindos, educados e obedientes. E eu seria cantora ou dançarina, já que estava muito bem adiantada nas minhas turnês pelo banheiro e quarto. E tudo sempre daria certo, nada daria errado e não haveria motivos para existir tristeza. A vida seria um eterno sorrir debaixo da chuva de janeiro, brincando de achar que a enxurrada era o maior oceano da face da Terra. O mundo seria para sempre rosa e meu príncipe seria uma estrela do rock.
Quando eu era pequena, achava que se eu me jogasse de um prédio seria impossível morrer. Achava que havia cura para todas as doenças e eu sempre poderia fazer qualquer coisa, nada seria inatingível, tudo poderia ser meu. Mas a vida, essa garota mal-educada, tira da gente nosso mais precioso sorriso ingênuo e troca pela malícia insaciável das pessoas grandes. Um dia, acordei e aprendi que todas as pessoas morrem, inclusive eu, um dia, morreria também. Entendi o quanto vivemos em uma condição limitada e absurdamente humana, a ponto de ser considerada ''desumana''. Notei que a maioria das notícias dos telejornais eram verídicas e que esses acontecimentos não gostavam muito de escolher um lugar para acontecer, mas sim preferiam acontecer em qualquer lugar que lhe dessem na telha. Tive que aceitar que o mundo nunca me pertenceria e eu nunca poderia conquistar tudo o que quisesse e seria impossível caminhar pelo arco-íris. Minha adolescência e vida adulta seria repleta de problemas, os quais somente eu teria que resolver. Minha vida não seria sempre mil maravilhas, meu príncipe encantado não seria perfeito e minha família não seria como a dos comerciais de margarina. Meu sorriso nem sempre seria sincero e a dor viria, vez ou outra, fazer uma visita neste simples coração alimentado de alegrias.

Por: Miriã Pinheiro






segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Atração

Minha boca pede
para docemente se encaixar na sua.
Meus olhos focalizam
o brilho negro desse seu olhar profundo.

Anseio em deixar vermelho
com meus apaixonados beijos
seu pescoço de pele branca,
que me embriaga somente com o frescor do cheiro.

Quero tocar forte suas mãos
e quero que elas passeiem em mim
em gestos misturados com carinho e paixão.
E me deixe enroscar em seus cabelos
os meus dedos apaixonados.

Essa atração me deixa louca,
querendo sugar com os lábios
sua linda boca.
Chegue mais para perto
e realize meu sonho de te ter por completo.

Por: Miriã Pinheiro




sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Poema do recado clichê

Não deixe que toque no seu cabelo
quem elogia outros por aí. 
Não compartilhe seus sonhos
com quem um dia esmagará os seus. 
Não use um anel com o nome 
de quem não sabe o significado de uma aliança. 
Não cheire o pescoço 
de quem não dá valor ao seu perfume.
Não exponha sua alma 
a quem só se importa com o corpo. 
Não fale de canções 
com quem só diz mentiras. 
Não divida o edredom 
com quem só divide desilusão. 
Não diga poesia
a quem só diz decepção. 
Não fale de flores
com quem só fala de dor. 
Não perca a hora 
com quem te faz perder tempo. 
Não perca o dia, 
com quem te faz perder o sono.
Não perca o sono
por quem não perde nada por você. 
Deixe que a ansiedade juvenil vá embora 
e se entregue a quem merece. 
Compartilhe vida 
só com quem merece participar da sua. 
O poema é em versos brancos, simples e clichê,
não há métrica ou estrofes...
No entanto, a mensagem foi dada:
só dê espaço ao que se merece viver!

Por: Miriã Pinheiro

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Manhã nublada

Manhã nublada,
ar estrangeiro.
Paris é aqui, 
quando o sol dá uma parada.

Manhã nublada,
preguiça que aconchega.
Dose de sossego,
clima de sonho.

A canção fica mais bela,
o coração fica mais leve,
a vida corre bem
e o cansaço, a gente releva.

Quando a manhã está nublada,
há um charme no universo,
há uma calma alegria em viver
sem precisar tentar entender.

Por: Miriã Pinheiro

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Vou vivendo

Vou vivendo como quem não tem certezas...
Minha alma pede paz,
meus olhos pedem belezas.

Cada lágrima é um diamante
que escorreu por minha face branca
de uma terna estudante.

Meu cansaço atormenta!
Quero aliviar a despensa do peito,
que a ansiedade alimenta.

Deixe que corram os minutos!
Só quero viver sonhos bonitos e eternos,
repletos de sorrisos absolutos. 

Por: Miriã Pinheiro