terça-feira, 30 de setembro de 2014

Desabafo em forma de poesia

Tem dias que a caminhada cansa
e as forças se perdem nas nossas andanças
cheias de erros e passos de danças.

Gosto de dormir e sonhar
que acordei em um reino perdido
e que lá recuperei meu orgulho ferido.

As vezes quero estar distante,
pois todo sacrifício, 
nunca será o bastante.

As vezes quero estar por fora,
até que toda dor do meu peito
vá se embora agora.

Por: Miriã Pinheiro

sábado, 27 de setembro de 2014

Redação dos alunos do 6º ano: Hey, não entrem aí!

Um dia, em uma casa abandonada, 13 amigos ficaram quebrando às janelas, pensando que era do seu inimigo Fred, mas não sabiam que era uma casa abandonada, porque era uma casa muito bela, mas talvez, mal-assombrada. 
No dia seguinte, os amigos viram no noticiário o apresentador falando:
- A velha casa abandonada do Granvile foi vista com todas as janelas quebradas. Será que alguma assombração irá se vingar das pessoas que fizeram isso?
Então, é claro que eles morreram de medo, pois era sexta-feira 13. 
Um pouco depois, as 23:00 horas, eles voltaram naquela casa e pediram perdão. Um deles disse:
- Vamos entrar, talvez não estejam nos ouvindo!
O outro falou:
- Eu nunca vou entrar nessa casa!
Todos os outros também não quiseram entrar. Então, Tom entrou sozinho e gritou:
- É muito legal aqui dentro. Entrem vocês também!
Somente o Eduard, ficou para fora gritando:
- Hey, não entrem aí! Não entrem!
Mas todos entraram.
No dia seguinte, não havia nenhum sinal deles na casa. A única coisa estranha que ficou por lá eram as manchas de sangue que haviam pela casa inteira.

Mariane da Silva Oliveira, aluna do 6º ano.

Redação dos alunos do 6º ano: A escola enfeitiçada

Era uma escola, parecia ser uma escola igual as outras, mas não era! A aparência era igual, mas por dentro haviam muitas coisas diferentes.
Toda noite, as 23:23 horas, as luzes do corredor acendiam sem nenhum comando. As portas batiam sem nenhum empurrão.
Quando eu estudava nessa escola, havia uma menina bem pobrezinha, feia e quietinha. Os meus amigos daquela época, zoavam com ela por causa disso. Machucavam-na, batiam-na e depois a guardavam no último porão da escola... o mais escuro, o mais fedido e o mais temido!
Nós estudávamos a noite. A aula acabava sempre as 23:00 horas. E como os meninos faziam essas coisas com a garota, eles sempre saíam da escola aproximadamente às 23:30.
Eles vinham todos os dias, as 7:00 horas da manhã, libertar a menina. Só que em um dia, a menina não estava mais lá. Eles procuraram ela em todos os lugares, mas não a encontraram. 
O tempo passou, agora a garota assusta todos os meninos que maltratam as meninas da escola. 
Quando aqueles garotos completaram vinte e três anos, ela os matou, sem deixar nenhum rastro.
A maioria dos alunos que estudavam naquela escola morriam ou eram internados em estado grave. Muitos eram levados para o hospício, mas nunca restou um menino sequer naquela escola.
Até que em um dia, o diretor, cansado de tanta morte naquele local, resolveu fechar a escola e demoli-la. 
Esse foi o fim e a vingança de Anne Bard.

Isadora, aluna do 6º ano.

Redação dos alunos do 6º ano: Uma história

Em uma cidade, havia uma menina com o nome de Hotel; ela tinha um amigo bem mais que amigo, chamado Lechel. 
Em um dia qualquer, Hotel foi até o seu jardim. Nele havia um balanço que seu pai tinha construído quando ela era ainda uma criança.
Nesse momento, chamou Lechel, que por acaso, veio correndo para se encontrar com Hotel. 
Ela então lhe disse que o seu balanço precisava de um novo lar. Então, decidiram publicar um anúncio na internet. Logo depois, Hotel foi ver seus e-mails e se surpreendeu, pois haviam vários pedidos que queriam dar um novo lar para o balanço.
Então, eles decidiram dar o balanço para um homem chamado Lancaster, que estava na foto com seus três filhos.
Lechel mandou-lhe uma mensagem, dizendo que poderia vir a qualquer hora para buscar o balanço na casa de Hotel.
Nesse mesmo dia, Lancaster veio, pegou o balanço e Hotel se despediu do mesmo.
Até que durante a noite, Hotel foi com Lechel até o quintal; lá, ela se deitou na grama e olhou o lugar vazio aonde o balanço ficava. Logo após, também olhou as estrelas e pensou em como era divertido ficar naquele balanço que agora era de outra pessoa!

Isabele Vilas Boas, aluna do 6º ano.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Redação dos alunos do 6º ano: Amanda e o mistério do lobo

Em um vilarejo bem distante da cidade, morava uma garota chamada Amanda. Ela era uma menina simpática, alegre, mas também destemida.
Amanda sempre usava uma capa vermelha que tinha ganhado de sua avó. E todos os dias, a garota levava algo à sua vovozinha. No caminho da sua casa para a casa de sua avó, Amanda sempre via um rapaz, pelo qual era apaixonada.
O garoto se chamava Leandro. Ele era um guerreiro forte, corajoso e também apaixonado por Amanda. Os dois nunca se falaram muito, mas um dia resolveram se encontrar.
Eles se encontraram uma, duas, três vezes, mas na quarta vez houve um grande e complicado problema. O problema era um lobo fora do normal. Ele era enorme, feroz, tinha presas enormes e o pior: estava com fome e não gostava da luz do sol. 
O lobo, então, atacando toda a cidade, encontrou Amanda e Leandro. Os dois ficaram desesperados, mas foram salvos pelo amanhecer. O sol começou a aparecer e o lobo foi embora. 
Os dois jovens, curiosos, foram perguntar sobre aquele lobo, à um padre que morava ali há muito tempo. 
O padre disse que o lobo era um homem que de dia se apresentava de forma normal e a noite virava aquele furioso lobo. Os jovens também perguntaram se havia um jeito daquele lobo se apresentar apenas em forma de homem. O padre disse que sim, mas que para fazer o lobo adotar somente a forma humana, o jovem mais valente do vilarejo teria que enfiar uma espada de prata no coração do lobo. 
Então, os jovens foram falar ao governante da cidade, mas ele discordou da ideia e disse que já sabia o que iria fazer.
A noite, quando o lobo apareceu, o governante levou uma isca à uma casa abandonada, que chamou a atenção do lobo para lá. Trancou o bicho lá dentro, saiu e jogou fogo. Mas nada aconteceu!
E todos ficaram esperando o jovem mais corajoso aparecer e fazer o que tinha dito o padre. E finalmente, apareceu Leandro. Ele afrontou os obstáculos e conseguiu fazer com que o lobo ficasse só na forma humana. 
Mas, então, Amanda logo percebeu que aquela fera que assustava a cidade era o seu pai, que ela pensava que havia perdido há muitos e muitos anos.
E Leandro foi morar com Amanda. E o lobo? Virou avô!


Ana Caroline Rocha, aluna do 6º ano.

Redação dos alunos do 6º ano: Um grande presente

Era uma vez uma menina que se chamava Helena. Em um domingo ela estava fazendo aniversário e decidiu fazer uma festa em sua casa para comemorar.
Aproximadamente ao meio dia, Helena escutou o portão se abrir. Foram entrando seus primos e logo depois sua tia. As duas foram logo se abraçando. Mas, de repente, sua tia falou para ela olhar para o lado. Helena, imediatamente, virou-se e quando percebeu... era um cachorro preto com as patas caramelo.
Ela já foi fazendo carinho nele. Ficou olhando um instante, para ver que nome combinaria com ele. Decidiu chamá-lo de Totó.
Já tarde, acabou a festa e foi dormir. Acordou no meio da madrugada com o Totó chorando. Foi lá fazer um carinho para tentar acalmá-lo.
Passou-se alguns meses e cada vez mais Totó ficava mais feliz e feliz com sua família e seu belo lar.

Letícia Artuzo Scarpim, aluna do 6° ano. 

Redação dos alunos do 6º ano: Era uma vez uma vaca

Era uma vez uma vaca chamada Mimosa, que era muito conhecida por seu leite cor de rosa, sabor amora.
Mimosa gostava de comer os frutos da amoreira, que era a plantação que predominava naquele local e é por causa disso que seu leite era tão diferente.
O dono da fazenda em que morava, só pensava no dinheiro em que ela lhe trazia, pois seu leite já era consumido em todo o Brasil.
Em um tempo de seca, em que não havia água para beber, as plantações de amoras murcharam e a vaca já não tinha mais o que comer. 
Quando o dono da vaca pensava em vender a fazenda para comprar mais pés de amoras, a vaca deu um sinal e começou a comer os frutos da mangueira. Seu leite começou a sair alaranjado, com sabor de manga.
Já que o dono da fazenda só pensava em dinheiro, ele achou que o novo leite não iria vender. Mas quando a notícia se espalhou, todos quiseram experimentar o novo leite e o dono da fazenda ganhou o dobro do dinheiro que já ganhava.

Gabriela Paez, aluna do 6 º ano.

Redação dos alunos do 6º ano: Histórias

Quem não gosta de ler? Pois é, os netos da D. Maria e do Sr. Pedro adoram, mas eles não só leem: os seus avós lhes contam várias histórias debaixo da grande árvore, que eles também aproveitam para se deliciar com os frutos.
Todas as tardes, logo que o sol está mais baixo, perto de se pôr, levam os netos para debaixo da árvore e contam-lhe várias histórias.
Um dia, dois desses netos, Helena e Enzo, estavam passeando em uma pracinha, junto dos avós, quando uma menina pediu-lhes um livro.
Enzo e Helena, vendo aquilo, correram contar aos primos mais velhos Emily e Luiz.
Eles então tiveram uma ideia...
Semanalmente, aos domingos, eles iam até a pracinha, onde recontavam as histórias dos avós à várias crianças e ao final, davam-lhes lápis e folhas para que ilustrassem seus próprios livros.
Essas crianças, também foram inovando e fazendo esse reconto de histórias. Isso virou uma tradição.

Emily Borin Ducci, aluna do 6º ano.

Redação dos alunos do 6º ano: A tragédia

Era uma vez uma princesa chamada Amélia. Ela tinha dezoito anos e precisava se casar logo, pois na região em que morava, quem não se casava aos dezoito anos, era amaldiçoada.
Amélia conhecia um príncipe que morava pelas redondezas e ele era muito bonito. Chamava-se Pedro.
Então, ela ligou na casa do príncipe e avisou que queria marcar um encontro na praça São Lourenço, as 16:00 horas.
E chegou o dia dos dois se encontrarem... Por um instante ninguém sentiu atração pelo outro. Mas depois que conversaram bastante, perceberam que a beleza não leva a nada e sim o que vale é o coração.
Ficaram três meses namorando. Viajaram para vários países. Amélia conheceu a família de Pedro inteira, assim como Pedro também conheceu a família de Amélia. Viviam em muita alegria. Eram, realmente, um perfeito casal! 
Até que um dia, Pedro pediu a mão de Amélia em casamento. O evento aconteceria no próximo mês, mas antes disso, Amélia precisou viajar à negócios. No meio do caminho, o carro onde estava perde o controle e acaba caindo de um penhasco.
Sabendo que sua noiva havia morrido, Pedro não aguentou e acabou se suicidando com uma facada no próprio coração. 
Dias depois, a polícia descobriu que alguém havia forjado os pneus do carro da princesa.
Pouco tempo depois, descobriram que este alguém era o pai de Amélia.
Perguntaram para ele o porquê disso ele respondeu que estava com ciúmes de sua filha, pois desde que ela conheceu Pedro, só pensava em viajar com ele e nem ligava mais para o próprio pai.
Então, ele foi condenado por cem anos e nunca mais saiu da prisão.
As duas famílias nunca mais se recuperaram nem financeiramente, nem psicologicamente.

Júlia Campitelli Schell, aluna do 6º ano.



terça-feira, 23 de setembro de 2014

Coração de um aprendiz

Olho para o azul do céu
e vejo que a vida é muito além,
muito além do que alcança
meus pobres olhos castanhos,
cansados de olhar para a direção errada.

E olho para além de mim
e percebo que ainda tem espaço para ir mais longe!

O fundo negro do meu coração
é mais fundo do que eu imaginava.
Há espaço para ser feliz
e lugar para guardar o amor
que recebo como aprendiz.

Aprendiz da vida,
do amor
e dos meus próprios sentidos,
cada vez mais impróprios,
cada vez mais incompreensíveis,
porém sinceros.
Singelas manifestações de minha alma,
expressão do meu corpo que busca um rumo.

Treino meus pés para uma nova trilha
e preparo minha voz para o brado da vitória,
vitória que está ao fim do caminho.
Não perto, não longe, mas na direção certa.

Por: Miriã Pinheiro

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A rosa da vida

Portas abertas,
caminho livre,
coração pronto,
coragem posicionada.

Preparada para subir
no pódio da minha alma
e gritar, gritar
e deixar que riam do meu grito de vitória.

Sei que encontrarei o que busco,
sei que a vida não é em vão,
que colher a rosa sempre compensa
e o espinho nunca fere o coração.

A rosa dos meus dias
quer se abrir e meu mundo florir.
Em sua beleza vou me desmanchar
e sei que meus lábios de alegria vão sorrir.

Por: Miriã Pinheiro

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

A frase de Fernando Pessoa

Quem nunca ouviu a famosa frase de um poema do grandioso poeta português Fernando Pessoa, que diz assim: 

''Navegar é preciso, viver não é preciso''.


Essa frase é muito famosa e foi estudada por centenas de apreciadores e profissionais da literatura. É postada com grande frequência nas redes sociais e bastante lida nos livros didáticos de Língua Portuguesa das escolas, principalmente no ensino médio.
É óbvio que tudo o que veio de Fernando Pessoa é maravilhoso, faça sentido ou não. Mas Fernando Pessoa sempre faz sentido, não importa a época ou o lugar. O autor dos heterônimos realmente sabia como utilizar as palavras e usá-las belamente em seu favor. Mas, afinal, o que realmente quer dizer essa frase? 
Se perguntássemos para milhares de pessoas, 99% delas teriam a mesma resposta: ''Pessoa quis dizer que navegar no mar português é preciso e que viver não era preciso. O segredo era navegar!'' 
Bom, se fôssemos levar ao pé da letra, o significado seria esse. Mas, como a literatura jamais (eu disse, jamais) pode ser levada ao pé da letra (sentido literal) temos que ir um pouquinho mais além para conseguir perceber o real significado dessa expressão tão famosa na literatura.
Dia desses, tendo aula de Literatura Portuguesa (com certeza) na faculdade, tive minha atenção totalmente raptada quando após a leitura do poema que carrega a frase que estamos analisando, tive o privilégio de ouvir minha esplêndida e expert professora de literatura explicar sobre essa frase. É claro que após me surpreender um pouco, decidi que colocaria isso no blog  em forma de compartilhamento com os leitores que sempre enxergaram e interpretaram essa frase da mesma maneira que eu, até então, também interpretava. Por ser boa estudante e apreciadora da literatura, não consigo jamais aceitar uma resposta pronta sobre algo. Não há limites para a interpretação e nunca um autor quer dizer apenas o que escreveu. Sempre há algo nas entrelinhas. Nada é apenas o que conseguimos enxergar com nossos meros olhos mortais.
Mas, voltando à frase, a professora nos falou sobre um estudioso que passou muitos anos apenas tentando decifrar a frase de Fernando Pessoa. E sim, o resultado me surpreendeu. E se antes eu já achava que Pessoa era um gênio, agora já acho que seja um gênio e meio.
Quando lemos a palavra ''preciso'', afirmamos de boca cheia que se trata do verbo ''precisar'', que é sinônimo de necessidade. Mas, no caso da frase, a palavra ''preciso'' está empregada no sentido de substantivo, ou seja, como sinônimo de certeiro, certeza e certo. 
Fernando Pessoa quer dizer que navegar é preciso (é certo, certeiro), pois podemos sempre ter a certeza de que um dia chegaremos ao nosso destino ou pelo menos chegaremos a algum lugar. Navegar é um ato previsível! Agora, quando o assunto é ''viver'', o poeta diz que ''não é preciso'', pois viver não é certeiro e nem previsível. Não existe um molde, um padrão ou uma fórmula exata para a vida acontecer. Ela, muitas vezes, foge ao nosso controle. 
Interessante, né?  Fernando Pessoa sabia usar as palavras muito mais do que nós achávamos. Dessa forma, é possível fazer as seguintes releituras:

Navegar é previsível, viver não é previsível. 

Navegar tem destino certo, viver não!

''Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:    
"Navegar é preciso;  viver não é preciso".  
Quero para mim o espírito [d]esta frase, 
transformada a forma para a casar como eu sou:  

Viver não é necessário;  o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande, 
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.  

Só quero torná-la de toda a humanidade; 
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.  

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue 
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.  

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça. ''

(Fernando Pessoa)




Por: Miriã Pinheiro

E a alegria?

Em um minuto de descuido
deixei que minha inocente alegria
fosse embora.

E dela só restou fiapos,
rastros amarelados
de quem saiu sentida.

E hoje eu busco,
quero encontrá-la novamente
na beleza de um luar.

Besta fui eu,
que deixei que me levassem
tudo o que eu achei que ainda tinha.

E tudo o que eu tinha era alegria,
uma inocente e infantil alegria,
que agora tento procurar.

E quem a levou
que faça bom proveito,
mas depois devolva a alegria dos meus dias.

E eu sei quem me roubou!
Foi o mundo em seu lago de escuridão,
que me cegou na imensidão.

Por: Miriã Pinheiro



terça-feira, 16 de setembro de 2014

Semente de coisas boas

Vivamos o hoje com sabedoria!
Que possamos aproveitar
até o último fio da gota de oportunidade
que, de vez em quando, escorre pela torneira da vida.
E que tenhamos motivos
para rir, amar, sonhar e compreender.
Que o mal não mude nossa vida.
Que o bem e a paciência sejam os únicos caminhos
que tenhamos vontade de percorrer
e crescer e aprender nas curvas do trajeto.
Sem mágoas, sem bagagens pesadas e emboloradas,
sem respostas mal-educadas na ponta da língua...
Cultivemos somente o amável, o respeitável 
e o mais sublime dos sentimentos,
mesmo que a semente seja pequena,
vamos regá-la,
cuidá-la
e deixar que cresça e floresça.
Deixem que levem embora os frutos...
é a melhor maneira de compartilhar com o mundo
tudo aquilo que com carinho e dedicação
cultivamos dentro de nós!

Por: Miriã Pinheiro

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A poesia da vida

Gosto da natureza...
Um vento, uma árvore,
uma praça, um cheirinho de chuva
e um compromisso distante.

Prezo a poesia das coisas!
A parte científica, para nada me serve.
Prefiro sentir com o coração
e deixar que os olhos se encantem...

Não gosto do desespero 
de uma teoria explicada em detalhes.
Só a poesia explica o inexplicável
e só os sentidos dão vida ao coração.

É inútil explicar a vida
e esquecer de senti-la,
apreciá-la com a humildade de uma borboleta
recém saída de seu nobre casulo. 

Por: Miriã Pinheiro

sábado, 13 de setembro de 2014

Aquele amor

Segurou minha mão
e beijava...
Beijava com os lábios quentes
de quem sabia o que estava fazendo
principalmente com meu coração.

O perfume sempre bom
exalava...
E minhas narinas sabiam
o que ele fazia comigo.
E tudo em mim, chamava um único nome.

O vento batia suave 
e me falava...
Falava para eu me tranquilizar
e aproveitar aquele beijo,
aquelas mãos e aquele amor.

Por: Miriã Pinheiro

Resenha: A cidade do sol - Khaled Hosseini

A cidade do sol é um best seller do autor afegão Khaled Hosseini, também autor de ''O caçador de pipas''. 
A obra em questão retrata de maneira bem realista como era (e de certa forma, ainda é) a vida das mulheres do Afeganistão desde o final dos anos 60. As duas personagens, Mariam e Laila, terão seus destinos cruzados e compartilharão muitos sofrimentos juntas.
A história é triste e sofrida, mas possui uma intensa capacidade de provocar sentimentos e reflexões no leitor que aprecia conhecer a realidade do nosso mundo.
Abaixo, deixo o link da resenha deste livro, que fiz para o site editoras.com. A propósito, fico muito feliz em ver minha resenha em um site de trabalho sério e totalmente voltado para a literatura. Confiram.



A Cidade Do Sol

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Poema de seis faces

Quando eu nasci, um anjo cor de rosa
desses que não existem
disse: Vai, criatura! ser confusa na vida. 

E eu nasci, cresci
e passei a me interessar
muito mais em procurar as sete faces
do poema de Drummond de Andrade
do que em levar uma vida cansativa e pela metade.

E o bonde passa cheio de pernas,
e eu lá ligo para pernas?
Mas você deveria ligar, grita meu coração.
Porém meus olhos
não gritam nada. 

A mulher que escreve, 
só quer escrever.
Tem poucos, raros prazeres
a mulher que só gosta de escrever.

Meu Deus, por que não consigo decidir
entre o mel e a cera,
entre a maça e a pera?

Medo medo vasto medo,
se eu me chamasse Alfredo
seria uma rima rica
mas não existiria enredo.



Apenas fiz uma releitura de um dos meus poemas preferidos: poema de sete faces de Carlos Drummond de Andrade. Acredito que o poema tenha esse nome porque é composto de sete estrofes, sendo cada uma delas uma ''face'' do eu-lírico. 

Por: Miriã Pinheiro

terça-feira, 9 de setembro de 2014

... essa metamorfose ambulante

Hoje eu quero mudar, amanhã talvez eu não queira mais! O que eu decidi ontem, decidi de novo hoje. Amanhã, talvez eu decida outra coisa. 
Não quero viver em estagnação, perpetuidade ou em um eterno ''banho-maria''. Maria que é Maria toma banho em muitas águas. E eu sou Maria. Não no nome, mas na essência. E eu quero mudar. Prevejo outra metamorfose! Sou borboleta esperando para poder alçar o primeiro voo. Sou uma asa quebrada esperando o milagre da cura. Sou uma confusão, um erro, uma contradição, um neologismo. Sou quem fala dos outros, falando de mim mesma e confesso os mais íntimos pecados nas palavras que vazam da boca. Sou uma expressão que busca sentido, mas um sentido que não faça sentido porque eu não sei fazer sentido! Tenho sentidos de sentimentos, mas não de explicação. Não sei me explicar. Só sei que quero mudar. Arriscar minha pele branca mais uma vez no desconhecido do meu interior fantasmagórico e acostumado a me pregar as mais estranhas peças. Sinto um desejo enorme de manifestar minhas emoções e ao mesmo tempo fugir delas... Quero uma explicação coerente para minha confusão, ou então seguirei confundindo o que não é para ser confuso.

Por: Miriã Pinheiro




segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O pássaro do coração

Mexe e remexe ideias,
luzes no fim do túnel,
tuneis abertos, recém escavados,
portas empurradas,
janelas puladas.

Novas soluções,
medo de decisões,
incompreensões,
só vejo confusões
nesse imenso escorregador da vida.

E o coração segue
querendo um rumo,
uma razão.

Esse coração só quer encontrar um caminho,
uma trilha aberta numa floresta inabitada.

Esse coração só quer saltar, pular e voar
para fora da gaiola cinzenta, solitária e assombrada.

Por: Miriã Pinheiro

sábado, 6 de setembro de 2014

Independência sem morte

Hoje é dia da independência
e eu quero ser independente
das pesquisas e da ciência
e de toda essa gente!

Hoje é dia de conquistar
liberdade, felicidade, gratidão,
novas palavras para rimar
e mais saúde para o coração.

Busco independência,
busco um novo grito de guerra.
Mas não quero guerra, só paciência.
E que minha pobre voz trema a Terra.

Desejo paz,
independência sem morte.
É bem melhor um carinho que apraz
e uma alegria cheia de sorte.

Por: Miriã Pinheiro



sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Música da sexta

A música que escolhi para hoje é muito linda, meiga e se chama Runaway da banda irlandesa de pop rock e folk rock ''The Corrs''. A banda, que é formada por três mulheres e apenas um homem, ganhou maior destaque no final da década de 1990, quando vendeu milhões de álbuns pelo mundo inteiro. 
Em 2010, a banda afirmou que um novo álbum estaria por vir, mas não houve confirmação de nenhuma data. Algumas das integrantes se casaram e tiveram filhos, dificultando um pouco a trajetória da banda. As músicas do The Corrs incluem piano, violino, flauta irlandesa e uma primeira e segunda voz extremamente harmônicas, suaves e perfeitas. Deve ser justamente por isso que sinto um prazer imenso quando escuto determinadas músicas desses artistas. 
A música escolhida é romântica, calma e possui letra e clipe belíssimos. Confiram.





quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Sonhador

Sonhos nascem, crescem
vem e vão dentro do coração.

Alguns, tenho medo de que não voltem mais,
mas outros ainda retornam depois do cais.

As vezes tenho medo de sonhar,
mas quando sonho, tento realizar;

E me acalmar,
e respirar,
sem precisar pausar.

Sonhar não é para os cuidadosos.
Tampouco para os invejosos.
Sonhar, é privilégio dos corajosos!

Por: Miriã Pinheiro







Um dia perturbador

Chegar da escola esgotada, pensando em jogar um balde de gelo na cabeça, na esperança de conseguir acordar dessa dura realidade que a profissão tem me apresentado nos últimos dias, tem sido uma rotina. Nunca sei se é só comigo ou se é mais comigo. Só sei que até colocar a mão na cabeça dói quando chego em casa a noite. 
Entrar em uma sala de aula, fazer das tripas coração e se virar do avesso para conseguir um mínimo de atenção está me esquentando as engrenagens. O pior é entrar em uma sala se sentindo cheia de vontade de ensinar, de compartilhar qualquer coisa que seja, de explicar um tema ou até mesmo de receber algum respeito e depois sair de lá desgostosa, mal-humorada, com dores de cabeça e com a autoestima lá embaixo por não ter conseguido atingir um único objetivo está me deixando cada dia mais para baixo. Ultimamente tem sido raras as vezes que consigo sair um pouco agradecida e um tiquinho feliz de alguma sala de aula. Na maioria das vezes saio torcendo para nunca mais ter que entrar em uma. 
Já cansei de dizer que amo minha profissão e amo três vezes mais a matéria que escolhi estudar. Mas tenho asco à desrespeito e malcriação. Estou cada vez mais cansada de viver em um país onde leis só existem de enfeite e onde os direitos de uns são o tormento de outros. Cansei de viver em um lugar desequilibrado e preocupado apenas com coisas fúteis e sem cabimento. Estou farta de ver versões adaptadas de modos antigos que funcionavam muito bem, tornando-se meros museus, enquanto a falta de vergonha na cara tem assumido o papel de protagonista dessa nação. Algumas coisas só mudaram com a clara intenção de piorar! 
E ainda por cima é comum ouvirmos opiniões de quem nunca entrou em uma sala de aula ou que já saiu dela há muito tempo. São poucos os que tem coragem de enfrentar, mas quando o assunto é criticar, atrapalhar ou apresentar soluções absurdas, o número cresce instantânea e exageradamente. 

Por: Miriã Pinheiro

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Ansiedade

Na minha ânsia absurda
de querer entender demais
e pormenorizar à vida,
sinto-me caída. 

Ânsia absurda de querer saber,
conhecer os passos 
que ainda não foram dados,
especular as paisagens de todos os lados.

Talvez a solução seja
deixar o mundo rodopiar
e a nossa história criar.

Ansiedades geram sofrimentos
e o mundo só quer fazer valer
nossa bela função de viver.

Por: Miriã Pinheiro