quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Gato abstrato

1, 2, 3 gritam gatos sem vozes,
algozes, afobados e ariscos. 
Querem viver e correr os riscos
de vencer com suas patas velozes.

Voem gatos do mundo!
Invadam o terror profundo
e o temor noturno.
E tentem, cansados, desafiar o outro,
que dormindo está para o seu espírito afronto.

Mostrem-se capazes e causem medo,
façam guerras e comandem o enredo.
Sejam ser, sejam humanos,
Seja eu, sejam urbanos!

Por: Miriã Pinheiro

Refletindo

Refletindo, reflito
que a reflexão
já está refletida
no espelho da alma.

Alma que reflete
no espelho da vida
reflete a reflexão
refletida no meu reflexo.

Meu reflexo refletido
reflete a reflexão
que foi refletida
quando refleti o refletido.

Por: Miriã Pinheiro


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Não faço sentido

Não faço sentido para todos,
não faço sentido para mim!
Alguns não entendem as palavras
que escrevo ou falo sem pôr um fim.

Sapateio no belo,
pois quero vê-lo real,
transformado, aloprado, desfigurado:
cubista.

Minhas palavras são cubos
que mostram os lados
da moeda, do mundo, da vida
e dos prédios acabados.

Não faço sentido,
mas faço sentir.
E isso, faço com doce alegria,
sem jamais precisar fingir.

Por: Miriã Pinheiro

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Viver da Poesia

Queria poder viver da poesia.
E com muito respeito,
que ela pagasse as contas da minha vida!

Mas desta bandida, não dá para viver!
De seus loucos e insanos amores
não dá para um mortal depender.

Mas eu amo essa ingrata!
E de sua beleza, não quero nada;
nem esmeraldas, nem de Kafka, a barata.

Só quero sua beleza,
repleta de singela leveza,
que eleva minha alma, na alegria e na tristeza.

Por: Miriã Pinheiro


Poetizando

Poetizo a poesia
Que outrora já foi poetizada
por Drummond, Pessoa e Bandeira.

Orgulho sinto
de poder poetizar a mesma poesia
que poetizou a mente de Vinícius.

Desejo que minha poesia
chegue ao chulé de Gregório
mostrando com classe, a dualidade do ser.

Que a poesia poetize
e que eu siga poetizando
a poesia que merece ser poetizada.

Eles poetizam.
Eu tento poetizar.
E o mundo que se poetize com a nossa poesia.

Por: Miriã Pinheiro

Tremor

Tenho dificuldade para imaginar meu futuro.
E as vezes tenho medo dele!
Tenho medo de planejar, planejar
e puft, dar com os burros na água.

Ou pior: dar com os burros na terra.
Já que estamos com falta de água!
E eu quero ser feliz, 
quero ficar tranquila,
quero viver em paz!

Não quero forçar uma paz que não existe,
quero esbanjar resquícios de gratidão,
afeto e amor, por onde quer que eu ande.
E que no rastro dos meus pés
fique a marca da felicidade!

Por: Miriã Pinheiro

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Quem roubou?

As vezes somos jovens. Sentimo-nos felizes, relaxados e sorrimos sem parar. Achamos que a vida é uma brincadeira sem fim. Levantamos dispostos pela manhã, cantamos as mais estranhas músicas, assistimos aos mais diversos gêneros de filmes e amamos intensamente tudo o que cai no nosso caminho. Nossa paixão é ardente e nosso amor é profundo. Mas, de repente, alguma coisa acontece. Acordamos em um belo dia e percebemos que falta algo. Alguém veio e puft, roubou nosso sorriso! Levou embora nosso olhar de simplicidade, nossa alegria insana e despreocupada e nos deixou a ver navios pela janela do quarto. Aquele sentimento de felicidade, antes tão comum, irreverente e automático, parece se transformar em algo dissimulado, desenfreado e desnecessário. Você acaba por se sentir idiota sendo feliz daquele jeito juvenil e incoerente.Você se sente uma carta fora de todos os baralhos do universo. E ficamos só nós. Nós e nosso peito furado, de onde arrancaram com toda força, o que nos levava para frente. Quem roubou? Não sei. Não tive tempo de perceber. Quando dei por mim, já estava aqui, sentindo-me adulta, rabugenta, desconfiada e cheia de compromissos. Assim que percebi que me faltava algo, já era tarde, já levaram tudo o que eu tinha dentro do peito. E essa enorme cratera vazia que habita o peito, não pode ser preenchida pelo dia-a-dia. Ela precisa de algo mais! 
Quem escreve, acaba acostumado à dramatizar. E eu, obviamente, não sou nenhum pouco diferente dos demais ''dramatizantes'' ou porque não ''dramaturgos'' da vida. Dramatizo a dor e acrescento-lhe poesia para ser uma ''dor enfeitada'' ou uma ''dor poética''. Sou perfeccionista. Acho que até as minhas mais insignificantes dores devem ter a obrigação de serem bonitas!
E o meu drama de agora é esse: voltar a possuir a inocente alegria juvenil que outrora habitava esse meu peito revestido de pele branca. Quero de volta o que é meu por direito e que deixei escapar por nem saber que possuía tão profunda beleza em meu ser. Se eu soubesse que era dona dessa beleza, não teria gritado sua existência aos quatro ventos. As vezes nós achamos que algumas coisas não são roubáveis. Doce engano! Tudo o que se pode possuir, também pode ser roubado!

Por: Miriã Pinheiro




quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Resenha: Ana Terra

Ana Terra é o nome de um livro de Érico Veríssimo, que compõe a coleção do autor chamada de ''O tempo e o vento'' que é formada por três obras e já foi minissérie da rede Globo. 
O livro conta a história de Ana, uma moça sofrida, que vive em um rancho muito distante da cidade com seus pais e dois irmãos. Aparentemente, a vida no campo não parecia ser muito interessante. Ana diz, em diversas partes do livro, que gostaria de ir à cidade, porém, seu pai nunca permitiu. O pai, de sobrenome Terra, tinha toda a autoridade dentro da casa e não tolerava jamais que alguma de suas ordens fosse desobedecida ou contrariada. 
A família vivia uma rotina monótona de trabalho todos os dias durante muitos anos, até que a chegada de um homem chamado Pedro Missioneiro, muda o quadro de rotina da família. Pedro é um índio que fala espanhol e por isso, possui certa dificuldade para se comunicar. Com o passar do tempo, acaba se mostrando prestativo nos serviços e com isso, ganha a confiança do ''chefe da família''. Para Pedro, é armada uma barraca no quintal da casa da família e é ali que ele passaria a viver. 
Ana, nunca havia tocado ou se apaixonado por nenhum homem, até porque vivia totalmente isolada deles. E com a chegada de Pedro, Ana se sente abalada e começa a sentir sensações, que em seus 30 anos de idade, nunca havia sentido. Chega a sentir nojo e ódio do índio, mas com o passar dos dias, acaba cedendo aos encantos do rapaz. 
Em um dia de calor, Ana se pôs a tomar banho no rio e Pedro se aproximou e os dois tiveram uma relação, deixando Ana grávida. 
Ana, desesperada, sabendo que não poderá esconder a barriga por muito tempo, decide contar a mãe, no entanto, o pai acaba escutando a conversa das duas e ficando à par da situação. Com isso, o pai e os irmãos de Ana, saem com Pedro, acompanhados de facões e foices. O livro não fala o que aconteceu ao índio, mas supõe-se sua morte. 
Com o passar dos anos, o filho de Ana, também chamado de Pedro, cresce, sendo tratado como um nada dentro de casa. 
Em uma discussão, o pai de Ana acaba matando sua mulher com tapas. 
Bom, não acho interessante contar a história toda do livro, embora ela não vá muito além disso. Na minha opinião, a história possui muito mais importância pelo seu lado histórico, já que narra situações da vida no interior da região sul do Brasil. Não é um livro com uma história alegre, muito pelo contrário. O final, é bem diferente daquilo que costumamos ler por aí e imaginar nas nossas cabeças já acostumadas com coisas que terminam bem. 

Por: Miriã Pinheiro



Resenha: A cidade do sol

Há alguns dias, eu publiquei uma postagem divulgando a resenha que eu havia feito para o site editoras.com sobre o livro ''A cidade do sol''. Pois bem, quando fiz essa resenha, eu ainda não havia terminado de ler o livro, por estar vivendo uma tremenda correria e ter coisas do serviço e da faculdade pendentes. Portanto, a resenha que eu havia feito foi bem imparcial, já que eu não havia terminado de ler o livro inteiro para poder ir mais fundo. Agora, terminei a leitura do livro e como uma boa leitora satisfeita, sinto-me no dever de resenhar novamente esse livro, só que dessa vez, poderei ser mais parcial. Aliás, a partir de hoje, todos os livros que eu ler ou tiver lido recentemente, dar-me-ei o trabalho de resenhar no blog. Farei isso, porque acredito que um blog possui grande influência sobre os leitores e muita gente só lê algum livro depois de ter lido várias resenhas sobre o mesmo em diversos lugares. Eu mesma, sempre que vou ler algo, procuro antes ler uma resenha. E adivinha em qual lugar eu procuro? Sim, nos blogs literários! 
Porém, gosto de ressaltar que não tenho o costume de ler os lançamentos do momento. Gosto de ler o que me desperta interesse e não precisa ser ''o que está na moda''.


Titulo: A Cidade do Sol
Autor: Khaled Hosseine
Editora: Nova Fronteira
Sinopse: Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela história, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a história continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.

Bom, assim que concluí a leitura desse livro, logo me imaginei pegando um táxi e saindo a procura de Khaled Hosseine, para dar-lhe um abraço e dizer o quanto essa leitura me fez bem, acrescentou-me e emocionou-me. Além disso, também gostaria de intimidá-lo para que lance outro livro como esse, pois algo desse patamar, merece ser espalhado mais vezes pelo mundo.
Não gosto de entrar em detalhes quanto ao enredo do livro, porque acho que uma leitura feita com surpresa é bem mais emocionante. Eu, quando iniciei a leitura, não esperava por tantas surpresas e não conseguia imaginar um meio das duas personagens principais terem seus destinos cruzados. Sim, elas moravam na mesma rua. Mas havia uma grande diferença de idade entre as duas e pareciam ser totalmente opostas. Mas algo surpreendente aconteceu! 
Imagino que livros como esses servem para nos fazer refletir como seres humanos e valorizar ainda mais as conquistas femininas e principalmente a mordomia feminina que existe no Brasil. Em países como o Afeganistão, onde se passa a história, a mulher é tratada como um lixo humano. Sua única função na Terra é cuidar do marido e dos filhos e submeter-se a eles até o fim de seus dias. Porém, o livro conta muita coisa sobre a guerra que aconteceu no país, e as coisas não estavam nada bem para ambos os sexos. 
As duas personagens principais são Mariam e Laila. São mulheres fortes, lutadoras, corajosas, esperançosas e valentes. Mostram na garra o que é ser mulher no Afeganistão. Além do mais, as personalidades das duas são extremamente envolventes e emocionantes. Rashid, que ao meu ponto de vista é o grande antagonista da história, é literalmente cruel e até imprevisível. Tariq, um dos personagens, também é digno de muita atenção. 
A história é mais ou menos dividida em 3 partes: a primeira é a que conta a história de Mariam, uma filha bastarda, humilde e reclusa. A segunda é que nos leva até Laila e a terceira é quando o destino das duas se cruzam. 
O autor, em cada momento, faz-nos sentir na pele todas as situações vividas pelas mulheres, provocando nossa emoção, revolta e participação na história. Eu me envolvi tanto com o enredo, que não gostaria de ter terminado a leitura. Aos meus olhos, sentia-me vivendo junto com as duas mulheres, sentindo suas dores e as vezes, suas raras alegrias. 
Ao falar desse livro, tenho a sensação de que não consigo descrever o impacto que ele me causou e todas as emoções proporcionadas. Portanto, deixo apenas minha dica: leiam!

Por: Miriã Pinheiro


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Poema ao professor

Aquele que ensina o mundo.
Os olhos dos cegos se abrem com suas palavras.

Manda embora a ignorância
Executa a sabedoria
Sonha com um mundo melhor
Tenta arduamente, todos os dias, construí-lo. 
Respeita a raça humana
Estimula o sucesso e elabora o progresso.

Cuida das almas e das mentes
Organiza o universo
Meche com a criatividade mais enrustida.

Calmamente guia os passos mais lentos
Amor é o seu sobrenome
Riqueza de espírito define sua vida
Imaginação ativa e voraz
Nunca desiste da humanidade
Hoje é seu dia e o mundo te agradece
Obrigado te dizemos, por regar nossa vida com amor e aprendizado.

15 de outubro, Feliz dia do professor!




Veja a tradução da música To sir with love (Ao mestre com carinho)

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Meus sonhos

Gosto de dormir e sonhar.
Tenho plena satisfação
em ver imagens confusas e embaçadas
da minha vida, do mundo
e das águas passadas.

Com a cabeça no travesseiro
vou a Marte.
Pequeno Príncipe é meu amigo
e da sua inocência eu tenho parte.

Sou alquimista do sono:
transformo o mundo em sonho...
fabrico o inacreditável,
fantasio o inafiançável.

Entre a cama e o espaço
eu monto meu terraço. 
Nele sou rainha,
aqui a última palavra é minha!

Por: Miriã Pinheiro

Eu mesma

No meio da complexidade do mundo,
sou quem fala, mas ama escutar.
Sou inteira humana,
formada de partículas de letras,
sonhos, rock, amor e esperança.

Vivo para trilhar novos caminhos
e quem sabe duvidar da ciência!
Ter fé é mais minha cara,
acreditar é minha lei.
Vivo para seguir.

Sigo em frente, 
sigo do lado.
A direção nem sempre me importa,
mas é importante saber
que gosto de seguir.

Sigo narrando meus passos,
pulando os laços,
esquecendo os fracassos,
transformando ossos em aços
e meu coração em doces pedaços.

Por: Miriã Pinheiro

domingo, 12 de outubro de 2014

Dia das crianças

Feliz dia para você que ainda sonha.
Feliz dia para você que ainda acredita...
e como John Lennon,
imagina todas as pessoas, um dia,
vivendo em paz!

Parabéns para você que perdoa,
que chora quando sente vontade,
aceita um conselho,
respeita seus sentimentos,
mas sente medo do escuro.

Um bom dia para você
que ainda tem um coração puro,
apesar de toda malícia e engano
que assola cada milímetro do universo.

Muitas alegrias para quem tem riso fácil,
coração aberto, vontade certa
e amor sincero.

Feliz dias das crianças
para todos aqueles que preservam a sua!

Por: Miriã Pinheiro

sábado, 11 de outubro de 2014

Eu sou uma longa procura

Sou quem lê a vida,
quem busca uma resposta,
mas sempre perde a aposta
nas duras e longas andanças da lida.

Sou a alma abstrata
que busca o socorro na poesia.
Sou como o inseto chamado barata
que se vê encurralado nos vãos da pia.

Mas ando a procura da paz.
Ando cheirando novos ventos
e sacudindo a poeira lá de trás...
tentando esquecer as dores e tormentos.

Quem procura sempre encontra
e eu procuro nos lugares improváveis
e encontro a alegria numa afronta
com a vida e seus lados incontáveis.

Por: Miriã Pinheiro

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Redação dos alunos do 6º ano: A minha árvore encantada

Eu me chamo Bia e vim contar sobre uma árvore muito grande e bonita.
Todo final de semana, eu e minhas amigas íamos ao CBI (Clube dos Bancários de Ibitinga) e ficávamos encantadas com uma árvore gigante e linda, totalmente deslumbrante; isso me alegrava muito, pois principalmente na primavera, aquela árvore ficava cheia de frutos que alegravam e deixavam os meus dias mais coloridos e divertidos. Aqueles troncos grossos, enormes e retorcidos repleto de folhas coloridas como confetes de carnaval.
Todo dia que eu passava perto daquela árvore, a minha vontade era de subir nela e nunca mais descer; fazer o trabalho da primavera que é dar flores e colorir o mundo com seu perfume e apaixonar todos que passarem por debaixo dela. 
Um dia, eu estava indo para o CBI e não vi mais aquela árvore. O que será que havia acontecido? Justamente o que eu temia... mais uma árvore derrubada! E eu nem tive a chance de subir nela ou ao menos tirar um fotografia de recordação. 
O que sobrou foi apenas aqueles galhos jogados ao chão... E os dias de verão? Como seriam meus dias de verão sem poder sentir a sombra dela? Os dias de primavera também não seriam mais os mesmos: alegres, perfumados e com suas lindas e diferentes cores. 
Senti uma sensação horrível ao saber que nunca mais conseguirei ver uma árvore tão linda, colorida e cheirosa como aquela; forte como o sol que brilhava quando alguém passava. 
Sentirei saudades de você, minha árvore encantada!

Beatriz Pereira Mendes, aluna do 6º ano. 

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Desejo bucólico

Preciso de um lugar tranquilo para caminhar,
pensar, sonhar...
Um lugar longe dessa civilização,
desse celular sem coração.
Que bom seria abafar esse barulho oco
desse povo que fala muito e as vezes pouco,
mas não diz nada ao meu ouvido interior.

Queria voar livremente pelos ares
e cair numa tribo encantada.
Sentar no mato, comer da terra,
descansar alegre
na beira de um riacho solitário.

Mas cá estou eu na correria,
na brutalidade dinâmica da vida
que não passa, mas voa...
e corre sem parar pelas veias do universo.

Por: Miriã Pinheiro

sábado, 4 de outubro de 2014

Redação dos alunos do 6º ano: O dragão do diamante

Era uma vez um menino de dez anos que morava na rua e se chamava Zequinha. Um dia, Zequinha estava procurando coisas dentro de uma lata de lixo e encontrou um bebê dragão. Zequinha o abrigou em uma casa na árvore, dentro da floresta. No dia seguinte, o bebê dragão começou a vomitar diamantes. Por isso, Zequinha conseguiu comprar uma casa com nove quartos: um ficou para ele, outro para o dragão e os demais ele concedeu aos mordomos. Cada quarto tinha um ar condicionado. 
No outro dia, o dragão já havia crescido e seu quarto estava cheio de diamantes. Zequinha contratou seguranças e comprou muitas coisas. O dragão encheu três quartos de diamantes. No dia seguinte, os diamantes foram roubados. Zequinha nem ligou, porque o dragão passou a vomitar umas vinte vezes mais e Zequinha teve de comprar um depósito de vinte metros e em pouco tempo já estava cheio. Zequinha também cresceu e se casou. 
Em um dia, ele encontrou um dragão fêmea, igual ao seu outro dragão; os dois procriaram e tiveram cinco filhos dragões e Zequinha teve diamantes infinitos e viveu feliz para sempre.

João Pedro Chiquesi, aluno do 6º ano.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Redação dos alunos do 6º ano: O engano verdadeiro

Um dia, Melissa de 12 anos, estava andando pela beira do mar, quando viu uma coisa bem pequena brilhando no chão.
Ela chegou mais perto e pegou. Era uma pedra de ouro. Ouviu uma voz chamando-a: Melissa, Melissa, Melissa...ela olhou para os lados e não encontrou ninguém. De novo, a voz veio: Melissa...
A garota já começou a ficar assustada, pois não havia ninguém por perto. Ela olha para trás e de repente, depara-se com mais pedras de ouro brilhando pelo chão.
O mar, de repente, formou uma onda, que se curvou para Melissa e disse:
- Melissa, você é a nossa princesa. Essas pedras no chão são todas para você!
- Não,não! Eu não sou princesa. Só estou aqui visitando!
- A lenda diz que quando uma menina pisasse aqui na praia e as pedras se acendessem, essa garota seria a princesa das águas e das pedras.
- Não, isso é um engano. Eu não sou princesa. Sou só uma menina das terras do Nordeste.
No outro dia, a menina foi embora. Queria ficar mais ali, mas estava muito assustada. A tarde foi tranquila, mas a noite ela sonhou que estava de novo naquela mesma praia. A praia começou a chamá-la, mas desta vez, no sonho, ela não olhou para os lados, até que uma mão encostou em seu ombro. Foi nessa hora que ela acordou assustada em plena madrugada. 
No outro dia, ela foi aquela mesma praia e perguntou a onda:
- O que você quer comigo? Eu não quero ser uma princesa, quero continuar como estou. Pare de querer me transformar em algo que não sou!
A onda se abaixou e ouvia o recado de uma sereia que falava:
- Onda, essa garota não é a princesa do mar e nem das pedras. Minha filha que estou procurando, não é ela!
A onda, então, falou:
- Menina, pode ir. Eu me enganei. Você não é a princesa que estamos procurando, mas possui um dom muito especial, pois você consegue controlar as águas e as pedras.
Uma hora depois, Melissa acordou ouvindo as ondas do mar e saiu para vê-las. 
A onda não veio falar com ela, porque na verdade tudo isso tinha sido um sonho. Mas por dentro ela sentia que tinha o dom!

Gabrielle Tais Basso, aluna do 6º ano.