terça-feira, 14 de abril de 2015

Coisas que chegaram ao fim...

Sempre fui do tipo ingênuo de pessoa que acredita que amizades verdadeiras duram para sempre. Quando temos afinidade com outra pessoa, sempre haverá uma ligação inexplicável que fará com que haja harmonia. Na adolescência, e mais ainda na época da escola, é normal que tenhamos muitos amigos e colegas. E também é normal que em algum momento da vida nos afastemos deles. A gente cresce e o tempo diminui. Tornamo-nos jovens adultos e temos que, inevitavelmente, dedicar muito tempo ao nosso trabalho, faculdade, pós graduação, relacionamento amoroso, afazeres domésticos e dependendo do caso, até filhos. Porém, eu sempre acreditei em uma coisa: relacionamentos de qualquer tipo, quando bem construídos, resistem as pressões do dia a dia e as pessoas envolvidas conseguem compreender que o tempo passou e a vida mudou. Na minha concepção, considero burrice permanecer agindo do mesmo jeito que se agia no passado. O tempo passa e pede mudanças de nossa parte, senão corremos o risco de ficar para trás na escada rolante do mundo. 
Onde eu gostaria de chegar com esse texto é na maneira como me sinto com relação a amizades que ficaram para trás. Ás vezes fico um pouco triste por algumas terem se afastado e terem se perdido no meio dessa correria que  é nossa vida atual. Tentei mantê-las, mas nada acontece quando o interesse não surge de ambas as partes. Tentei resgatar contato com aquelas que achei que talvez ainda valesse a pena, mas percebo que as coisas mudaram muito mais do que eu imaginava. Já tentei iniciar diálogos, mas percebo que as coisas não andam e eu nunca aceitei ser do tipo de pessoa que fica falando sozinha. Notei que algumas coisas realmente se perderam e seria uma tremenda imbecilidade da minha parte tentar, sozinha, resgatar o que há muito está entre escombros. 
Sinto uma grande pena por ter visto algumas coisas legais morrerem no decorrer do tempo, mas não me sinto mal porque tentei fazer o que foi possível para salvar, mas como diz aquele velho ditado sem graça: ''quando um não quer, dois não brigam''. 
Odeio a falsidade que as pessoas transmitem nas redes sociais. Curtem, comentam, compartilham suas coisas e aparentemente, parecem sentir um grande sentimento por você. Mas, na realidade, todos sabemos que a história é outra. As pessoas apenas querem saber da sua vida, sentem curiosidade por suas ações, relacionamento, trabalho e gostam de espionar através das redes sociais tudo aquilo que você deixar transparecer para o mundo. São raros aqueles que querem conversar, construir uma amizade e manter um interesse mutuo e sincero. 
O tempo fez com que eu ficasse com problema nos olhos: não consigo mais enxergar boas intenções nas pessoas, exceto algumas raras exceções. Não gostaria de ser assim, acredito que isso seja um grave defeito, mas percebo que o interesse nem sempre é sincero. Pode não ser por maldade, mas também não passa de mera curiosidade.
Fico um pouco triste por ter assistido minhas grandes amizades do passado se acabarem por causa de bosta, mas também fico feliz que o tempo tenha me trazido novas pessoas que aprendi a gostar muito mais do que imaginava. Tenho pessoas muito legais a minha volta e considero que elas sejam o suficiente. Nunca precisei de restos, deixo isso para os ratos que moram debaixo das pias das casas. Eu quero coisas inteiras!



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