quinta-feira, 25 de junho de 2015

A dor e o ser humano

Ontem, dia 24 de junho, recebemos a trágica notícia do falecimento do cantor sertanejo Cristiano Araújo e da namorada de apenas 19 anos, por causa de um acidente de carro, onde supostamente o motorista teria pegado no sono durante a viagem da madrugada. 
Essa notícia abalou os amantes do sertanejo universitário, cantores famosos e pessoas comuns, como eu, que não sendo amante da música sertaneja, valorizo e amo a vida de qualquer ser humano. 
Infelizmente, como efêmeros seres racionais que somos, estamos sujeitos a isso e a coisa muito pior em cima dessa terra em que fomos jogados. Revoltamo-nos, pois é claro, todos queremos morrer de velhos e desde criança temos infiltrado na mente esse conceito de que só velho pode morrer. E deveria ser assim. Isso deveria ser muito mais do que um conceito mental, deveria ser uma realidade!
A verdade é que ninguém quer morrer. Você pode até repetir para o mundo que odeia a sua vida, mas já é clássico que se te for dada uma oportunidade para tal, você recua ferozmente. Todos amamos a vida, ainda que inconscientemente. Mas já que temos que fazer isso um dia, então desejamos que seja quando estivermos bem, bem, bem velhinhos mesmo!
Como humana que sou, não sentirei falta de um cantor sertanejo. Mas lamento eternamente a dor que sente neste momento a família do Cristiano Araújo e também da família da garota, namorada dele, que é o segundo filho que os pais dela já perderam. Sinto um pesar enorme por essas famílias e também pelos amigos. Essa é uma dor que um dia poderá ser mascarada, mas jamais poderá ser esquecida ou apagada. 
E mais uma vez digo que como seres humanos finitos que somos e como cristã que sou, proponho que devemos orar, ou até mesmo interceder mentalmente por essas pessoas que estão aprofundadas no terror do luto. E não devemos orar apenas por essas famílias específicas, mas por todas as famílias que um dia perderam alguém que tanto amam. Orar por todos os pais que perderam seus filhos, por todos os filhos que perderam os pais, as pessoas que perderam os avós, amigos próximos, cônjuges, namorados, noivos e até mesmo por aquela sua vizinha que perdeu o animal de estimação e sentiu que a dor fosse rasgar-lhe o peito. Por todas as grávidas que perderam seus bebês no ventre e também por todos aqueles que estão vivos fisicamente, mas que a muito já perderam as esperanças da vida. 
Devemos, sim, orar e não nos esquecer de que a dor do outro, também é a nossa dor. Porque somos uma única raça! Não importa se branco, negro, pobre, rico, famoso ou o João anônimo do bar da esquina, quando a dor nos toca, somos todos seres humanos. Podemos ser qualquer coisa e ser dono de qualquer título na face desse universo, mas somos apenas humanos quando as emoções tomam conta do nosso ser.  

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