terça-feira, 25 de novembro de 2014

Minha alma

Sempre imaginei que assim como as pessoas, as almas têm cor, estilo e aparência. Não consigo imaginar que a alma seja neutra, apática e igual para todos. Nós não podemos enxergá-las com os olhos mortais, mas eu sei que elas possuem aparência. A aparência de nossa alma está muito relacionada com o que somos, com nossos desejos e vontades. Imagino que elas sejam aquilo que queríamos ser de verdade. Imagino que elas sejam como nós somos de verdade. Elas, já que não são enxergadas por olhos comuns, podem ser da maneira que desejarem ser e ainda assim serem livres do preconceito humano. Algo me diz que minha alma é francesa ou portuguesa. Não sei explicar, mas me sinto em casa quando penso nesses dois lugares, vejo ou leio algo sobre eles. Talvez ela seja uma mistura dos dois e de outras coisas que eu ainda não tenha descoberto. Percebo que tenho alma antiga. Mas dessas bem ultrapassadas mesmo. Dessas que usam vestidos bufantes, são chamadas de senhorita e apreciam as coisas mais simples da face do universo. Minha alma é contraditória e quer ser várias coisas e estar em vários lugares ao mesmo tempo. Essa pobre senhorita desavisada não se contenta em ser comum. Quer conquistar o mundo!

Por: Miriã Pinheiro

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