quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Resenha: Madame Bovary

Informações técnicas
Título: Madame Bovary
Autor: Gustave Flaubert
Editora: Nova Alexandria
Páginas: 360


Estou muito feliz por ter terminado a leitura de ''Madame Bovary''. O tempo, estava um pouco curto por ser o último ano de faculdade, mais o trabalho, a família etc e o blog estava um pouquinho de lado. Porém, não estava esquecido. Já que eu escrevo textos, poemas e outras coisas quase toda noite em um caderno, mas nem sempre dá tempo de postar. Mas aos poucos, vou voltando a postar todos os dias. Ontem, mudei o visual da página, pois já estava um pouco enjoada e tinha percebido que em determinados formatos de tela de alguns computadores, aquele layout impedia que o blog fosse totalmente aberto. Por isso, resolvi mudar!
Hoje vou falar sobre minha experiência ao ler ''Madame Bovary''. Bom, esse livro é um clássico da literatura e foi considerado o marco do Realismo, já que passou a mostrar um lado que os românticos ousavam em esconder. Foi escrito por Gustave Flaubert e gerou centenas de escândalos no ano de sua publicação, 1857. É bastante antigo, mas como todo clássico, jamais envelhece. Clássicos podem ser lidos na época em que foram lançados ou 900 anos depois, que sua importância será sempre a mesma. O livro também é chamado e conhecido como ''romance dos romances'', ou seja, não é para qualquer um! A edição que li foi traduzida por Fúlvia Moretto, que é considerada a melhor tradução da Língua Portuguesa. Outro fato interessante é que o livro só ficou conhecido por causa dos escândalos que provocou na população da época, chegando a levar Gustave Flaubert para os tribunais. Mas, deixando as informações técnicas um pouco de lado, vamos ao resumo do livro.
A história conta a vida de Emma, uma mulher burguesa, sonhadora e leitora assídua de romances apaixonados. Moça bonita e altamente elegante, casa-se com Charles, um médico do interior, completamente apaixonado por ela, o que parece deixar a relação entendiante para Emma. Na visão da protagonista, Charles não lhe dá o que ela sempre sonhou, não a faz feliz, pelo contrário, apenas provoca-lhe tédio e cansaço, apesar de ser devotamente apaixonado. Nem após o nascimento de sua filha, Emma se sente capaz de amar esse homem a quem considera estar condenada por causa dos laços do casamento. Sentindo-se frustrada, Emma busca no adultério a satisfação de seus prazeres e fantasias, na busca de sua tão sonhada felicidade. Apesar de tentar, a protagonista nunca consegue se sentir satisfeita com sua vida e com o que possui. Vivendo, assim, uma vida de completa infelicidade, por tentar sentir amor por Charles, mas sentir-se incapaz de amá-lo. 
O final da história é bem interessante e realmente é um livro que prende o leitor, provocando curiosidade pelos próximos acontecimentos. No entanto, a leitura é um pouco longa. A versão que li possui 300 páginas, tirando a parte do fim que fala sobre o ''processo'' do qual o autor foi vítima. Acredito que seja um livro ideal para leitores maduros. Por que maduros? Essa obra foi escrita em uma época muito distante da nossa e é de origem francesa, portanto é óbvio que está repleta de termos difíceis e desconhecidos e isso para um leitor iniciante, pode provocar cansaço e um total desinteresse pela história. Por isso, é que eu recomendaria somente para os leitores mais maduros e persistentes. 

Curiosidade
Existe um desiquilíbrio psicológico chamado ''bovarismo'', que é quando a pessoa altera o sentido de sua realidade ou se considera outra pessoa. Geralmente, afeta pessoas que possuem uma realidade de vida frustrante. Esse termo está inserido nos dicionários de psicologia e surgiu por causa de um estudo baseado na obra de Flaubert. Esse desiquilíbrio, obviamente, carrega as características do comportamento de insatisfação da personagem principal da história: Emma Bovary. 

Boa leitura.

Por: Miriã Pinheiro

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