segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Resenha: A menina que roubava livros

Informações técnicas

Título: A menina que roubava livros
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Páginas: 382

Resumo do livro

Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em 'A menina que roubava livros'. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, 'O manual do coveiro'. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal.


Foi com muito prazer que terminei hoje de ler ''A menina que roubava livros''. Esse livro é encantador e repleto de personagens envolventes, que nos conquistam do começo ao fim da história. Liesel Meminger é uma garota extraordinária, inundada por uma inocência infantil e tomada por um afeto que só as crianças são capazes de sentir. Adotada por Rosa (a mulher em formato de armário) e Hans (o homem dos olhos de prata, acordeonista, apaixonado por cigarros e pintor), Liesel passou a viver em Molching e é ali que a história se passa. O que é mais interessante é a narradora. A história é toda narrada pela própria morte, mostrando seu ponto de vista sobre os seres humanos e retratando a maneira como se sente em relação a eles e como é a sua ''forma de trabalho''. 
A leitura é um pouquinho longa, não é um livro que dá para ler em pouquíssimo tempo, mas devo dizer que a história é muito bem escrita e de fácil compreensão, o que torna a leitura ainda mais prazerosa. Algumas palavras alemãs, são sempre explicadas no decorrer do livro e sempre há pequenas frases que são usadas para explicar algo que foi dito, esclarecer alguma afirmação ou descrever uma personagem ou alguma situação de uma maneira menos descomplicada. Cada página é um prazer. Acredito que esse seja um livro que possa ser lido por qualquer pessoa, de qualquer faixa etária, pois a linguagem é acessível e o tema é interessante em todas as ocasiões, por possuir enorme importância histórica. 
É um livro que muitas pessoas já leram, mas eu acredito que o li no momento certo! O autor, realmente soube como escrevê-lo e elaborou perfeitamente suas personagens e a escolha da narradora, com certeza, foi algo inovador.
Recomendo, a leitura dessa crítica literária antes ou durante a leitura do livro, pois está muito bem escrita: http://www.overtice.com.br/critica-literaria-a-menina-que-roubava-livros-markus-zusak/

''Está aí uma coisa que nunca saberei nem compreenderei - do que os humanos são capazes.''

(A menina que roubava livros)
Por: Miriã Pinheiro
 

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