quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Menina cabeçuda

Acho essa vida tão engraçada! Em um dia estamos vivos e com saúde e no outro talvez a situação seja outra. Por que não conseguimos e nem podemos ser estáveis o tempo todo? Por que as coisas possuem um poder incrível de transformação? É claro que este fenômeno as vezes tem suas vantagens, mas nem sempre queremos ou estamos aptos para ver as coisas mudarem. Aqui, escrevendo com minha caneta Bic mastigada na ponta (como todas as minhas outras canetas), começo a me lembrar de que várias vezes, assim como tantas outras pessoas, eu me pego pensando para quê, afinal, serve a vida e nossa mesquinha e efêmera existência. É claro que as conclusões finais variam de belas, otimistas até melancólicas, assustadoras e tipicamente ultrarromânticas. Acredite, pensar muito não é vantagem, nem nos torna mais felizes ou superiores aos outros animais. Repita comigo: felizes são os seres não pensantes. Nos momentos mais difíceis, aqueles em que realmente fico ''puta'' com essa vida, começo a pensar que Deus é malvado e que só nos colocou aqui para assistir nossa existência repleta de altos e baixos e que sempre acabará no mesmo maldito buraco, literalmente! Imediatamente tento me libertar dessa reflexão insana, afinal, se ''Deus é amor'', Ele faria uma coisa dessas? Com certeza, não! Deve haver um motivo muito mais nobre para nossa vivência e esse com certeza não seria a opção mais poética e reconfortante. Melhor não pensar mais nisso! O que eu havia dito mesmo sobre os seres não pensantes serem mais felizes? Já esqueci! Perdão, Deus! Eu e minha cabeça grande, atribuindo a mim o divertido adjetivo de ''cabeçuda''. Eta menina cabeçuda!



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