segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Nuvem negra

Hoje foi uma das poucas manhãs em que eu acordei com uma nuvem bem negra pairando sobre minhas ideias. Não tenho tanta certeza se quero isso ou aquilo, não sei se aposto tudo ou saio correndo só para garantir o pouco que me resta. Tive uma boa noite de sono, mas sonhos nem tão desejáveis. Tenho medo de alguma coisa, sinto uma pitada de insegurança embaçando toda a minha natural felicidade de estar em pé e respirando plenamente. Vejo uma nuvem cinza-escuro fazendo sombra em minhas reflexões mais brandas e não sei se devo observá-la como um início das boas temporadas de chuva, um alarme falso do tempo ou como apenas uma tempestade passageira, dessas que chegam quando o calor se acentua insuportavelmente. Carrego incertezas quanto a origem da nuvem e se devo mesmo ter o trabalho de olhar para cima e notá-la ou se devo simplesmente ignorá-la, já que não foi eu quem a invoquei. Meu raciocínio amanheceu um tanto embaçado neste dia e isto me deixa meio fora do ar... Quero esclarecer meu pensamento, deixar tudo em ordem e esperar pacientemente pela melhor estação. Deixe-me acompanhada de minhas metáforas , livros e canções. Tenho a liberdade de fazer meu caminho, destruir meus perigos, persuadir meus medos, acordar meus sonhos. Sou capaz de enxergar a beleza do meu eu, de valorizar tudo o que posso fazer de bom e assim seguir cantando e respirando os novos ares que deverão encher meus pulmões de paz. 
Apesar de toda e qualquer nuvem negra, sei quem sou e no fundo, lá no íntimo do meu ser eu tenho a certeza de que posso dissipar qualquer elemento duvidoso que ouse pairar acima de mim. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário