quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Resenha: Orgulho e preconceito

''São poucas as pessoas de quem realmente gosto, e menos ainda as que tenho em bom conceito. Quanto mais observo do mundo, mais me decepciono; e cada dia que passa confirma minha crença na inconsistência do caráter humano e na pouca confiança que se deve ter nas aparências de mérito ou sensatez.''
(Jane Austen - Orgulho e preconceito) 


Título: Orgulho e preconceito
Autor: Jane Austen
Editora: L&PM pocket
Número de páginas: 392


É quase certo afirmar que a maioria das pessoas já leu esta frase citada no Facebook ou em alguma outra rede social. Esta frase belíssima e conhecida por muita gente foi retirada do livro ''Orgulho e preconceito'', considerado a obra-prima de Jane Austen e lido e relido por todas as gerações que seguiram a dela. Na introdução da edição que li, dizia que Jane escrevia como hobby para distrair seus sobrinhos e só depois acabou publicando e se lançando oficialmente como escritora. Jane faleceu muito cedo e permaneceu solteira por toda a vida. No início, não teve seu talento grandemente reconhecido, pois isso só aconteceu vários anos depois da sua morte. Seu primeiro livro publicado foi ''Razão e sentimento'' e depois seguiram-se vários outros, inclusive ''Orgulho e preconceito''. Terminei esses dias de ler este livro e foi com grande prazer que finalizei a leitura dele, pois realmente a leitura é muito prazerosa e possui capítulos curtos, o que é uma grande vantagem, pois interrupções contínuas não prejudicam o raciocínio do leitor. 
O livro narra a história do casal Bennet e suas cinco filhas na idade de conseguir um marido e adquirir sua independência, já que os pais eram pobres metidos a ricos, que ousavam em manter as aparências e em querer ''participar da sociedade'', mas na verdade, possuíam poucas condições financeiras. A mãe (sra Bennet), ansiosa em ver as filhas casadas, fica extremamente feliz e agitada com a chegada do jovem bonito e rico sr Bingley, que acaba se interessando reciprocamente por Jane, uma criatura doce e meiga e filha mais velha da família Bennet, tendo por volta de vinte e dois anos. Junto com o sr Bingley, chega o sr Darcy, melhor amigo de Bingley e ainda mais rico do que ele e que à primeira vista, aparenta ser um sujeito chato, mal-humorado e ligeiramente interessado em fazer críticas. Elizabeth, personagem principal da história e a penúltima filha, que tem por volta de vinte e um anos, acaba sentindo absurda antipatia pelo sr Darcy, devido sua aparência arrogante. Porém, com o passar do tempo e devido aos diversos acontecimentos que compõem o enredo da história o jogo acaba virando para Elizabeth e tudo acaba seguindo um rumo diferente ao que ela planejou e é nisso em que a história de baseia. Você provavelmente imagina que Elizabeth acaba se apaixonando por Darcy e sim, isso é praticamente óbvio.
Quanto a minha opinião, acredito que ela não fuja muito do que a maioria dos leitores deste livro pensam. O amor entre Elizabeth e Darcy e inocente e um pouco monótono, já que demora bastante para desenrolar e eu penso que seria mais interessante se houvesse um pouquinho mais de emoção entre o casal, mas esta é a minha opinião e não é só por causa disso que o livro perde um pouco do seu grandioso valor. A obra é belíssima e eu recomendo a todos os que ainda apreciam uma leitura coerente, bem humorada, crítica e acima de tudo de qualidade.

Lembrete: a história é baseada na época final do século XVIII para o século XIX e apesar do tempo em que foi escrita e baseada, possui linguagem acessível e bem tranquila, retratando a mulher e a sociedade do período com bastante fidelidade e ironia. 

Por: Miriã Pinheiro


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