segunda-feira, 14 de julho de 2014

Escrever

Encontro na escrita o mais belo refúgio para minha alma que vive esgotada de tanto fazer reflexões automáticas sobre a vida, a existência e a felicidade. Escrever é o mais nobre ato que descobri para expor a mim mesma, demonstrando em forma de palavras, minhas emoções exacerbadas. Quando escrevo, meu coração fica iluminado. Não porque penso em coisas bonitas e sublimes, mas porque posso ser eu mesma quando tenho as palavras em meu domínio. Sinto que não escrevo as palavras, mas elas me escrevem. Conhecem mais de mim do que talvez eu delas. Abrem-me de maneira delicada e única, fazendo-me entender o desconhecido mar que sempre habitou dentro de mim. As palavras são minhas pedras preciosas. Deixá-las presas dentro de mim, seria egoísmo e tortura para ambas as partes!
Quero deixar fluir de dentro de mim esse rio de sentimentos. Rio de águas claras e as vezes escuras. Rio limpo, sincero e amoroso, mas nem sempre cristalino.
Escrever é limpar, varrer e retratar os mais pequenos, detalhados e sensíveis átomos do pensamento. Escrever é deixar ser usado pelas palavras, letras e verbos. A escrita é a mais verdadeira demonstração de liberdade. 
Seguirei meu caminho na busca contínua pelas palavras certas. Deixarei que elas me descrevam e sei que sempre estarão a minha disposição nos mais silenciosos momentos de tormento e confusão. Eu escrevo e as palavras me escrevem. Escrevi, escrevo, escreverei e continuarei escrevendo. Farei de todas as palavras, as minhas palavras e seguirei dançando ao som de fonemas e versos. 
Escreverei para livrar minha alma. Escreverei para salvar minhas ideias, traduzir minhas dores e completar meu coração. Escreverei e encontrarei a liberdade, pois quem escreve é livre!
Por: Miriã Pinheiro

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