sexta-feira, 4 de julho de 2014

Perdida: um amor que ultrapassa as barreiras do tempo

Logo quando vi a capa desse livro em uma revista, já fiquei louca de curiosidade para saber do que se tratava ali. Após ler a sinopse e descobrir de que falava de uma garota que ficou perdida no século dezenove,  minha curiosidade só aumentou e tive que comprá-lo. Essa contagiante e irresistível obra, nada mais é do que o segundo livro publicado da jovem escritora Carina Rissi. Segundo a mesma, ela começou a escrever esse livro meio que as escondidas, achando suas ideias meio absurdas. Um dia, porém, decidiu mostrar os escritos para seu marido, que ficou encantado e ajudou-a, no inicio, a publicar a obra por conta própria. Confesso, que no início da leitura, eu fiquei pensando que não conseguiria me prender muito a história, mas no decorrer do enredo, notei que estava totalmente presa e ligada a protagonista Sofia. Pode parecer loucura, mas cheguei a pensar que não gostaria que o livro terminasse, pois me apeguei a personagem como se ela fosse real.
O livro é inteiro narrado em primeira pessoa pela própria Sofia. Sofia, tem vinte e quatro anos e aparentemente é uma jovem como qualquer outra, incapaz de viver sem a bendita tecnologia e extremamente apegada aos celulares. No entanto, Sofia parecia viver uma vida um tanto vazia. Trabalhava em um escritório, morava sozinha, pois havia perdido seus pais em um acidente e não acreditava muito no amor, pelo fato de até então, nunca ter se apaixonado de verdade.
Um dia, sua amiga Nina decidiu que iria morar junto com o namorado Rafa e chamou Sofia para uma comemoração. Durante o encontro, Sofia sentiu vontade de ir ao banheiro e acabou derrubando o celular dentro do vaso sanitário. Enojada com a situação e sem a menor coragem de colocar a mão lá dentro, decidiu que na manhã do dia seguinte compraria um novo, já que não podia sobreviver uma hora sequer sem o que ela chamava de ''monstrinho''. 
Durante a compra do novo celular, Sofia notou que a vendedora era extremamente estranha e misteriosa, chamava-a de ''querida'' constantemente e parecia gostar muito dela sem nunca a ter visto. Essa mulher,  induziu-a a comprar um determinado aparelho sem lhe dar nenhuma outra opção. Sofia acabou aceitando, pois queria muito um celular e tinha gostado bastante daquele que lhe foi oferecido. Comprou o celular e no meio do caminho, quando tentava ligá-lo, percebeu que o mesmo não acendia de maneira alguma. Ficou desesperada, apertando todas as teclas, até que o aparelho acendeu uma insuportável luz branca que a cegou, fazendo-a tropeçar em uma pedra e se esborrachar no chão. Sofia desmaiou e acordou nos braços de um lindo rapaz do século dezenove. Sim, ela achou absurdo aquilo, mostrou-se relutante, abismada, mas realmente estava em 1830. O jovem Ian Clarke, juntamente com sua irmã, seus criados e uma amiga da família, acolheu Sofia em sua casa, mostrando-se sempre prestativo e ligeiramente educado e gentil de um jeito que a garota jamais havia visto em sua vida, já que os homens do nosso século são exatamente o oposto disso.
 No mesmo dia em que chegou a casa da família Clarke, o celular que não funcionava tocou e ela recebeu uma ligação da estranha vendedora que lhe vendeu o dito aparelho. A mesma, sempre muito misteriosa, disse que Sofia estava ali porque precisava cumprir uma jornada, precisava encontrar o que necessitava para ser feliz, precisava conhecer a si mesma e descobrir coisas novas, quando encontrasse o que sua alma procurava, poderia voltar para casa. Daí para frente, Sofia ficou tentando encontrar todos os tipos de pista para acabar logo com aquilo. Ela estava perdida, sem celular ou qualquer tecnologia, sem condicionador para o cabelo, tendo que usar vestidos longos e rodados e sem ter um banheiro para usar, já que naquela época existia a famosa ''casinha''.
A família Clarke tratou-a como se já a conhecesse. Sofia queria voltar mas ao mesmo tempo se sentia em casa. O que ela não imaginava é que se apaixonaria pelo gentil Ian Clarke. Em poucos dias após sua chegada, ambos estavam apaixonados e loucos um pelo outro. Sofia morria de medo de se entregar, pois sabia que voltaria para casa de uma forma ou de outra e acabaria machucando Ian e a si mesma. Mas, como diz a sinopse, seu coração tinha outros planos. 
As cenas de amor com Ian descritas por Sofia, são perfeitamente lindas e muito sensuais. Sofia descreve com clareza todas as sensações que Ian provocava em seu corpo e em seu coração. Sofia era totalmente diferente de tudo o que via naquele século, mas aprendeu que poderia ser feliz sem precisar de tanta tecnologia.
Bom, acho que não devo contar o final, pois estragaria os planos de quem almeja fazer a leitura desse livro, que é um pouco longo, mas possui uma leitura fácil e informal. Só sei que seria capaz de ir brigar na porta da casa da escritora, caso ela não desse um final feliz para aquele casal tão ''diferente''.
Espero que sintam vontade de ler!
Por: Miriã Pinheiro

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